De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, Jonatan Albuquerque Marinho, o 'Diel', se apresentou na Divisão de Homicídios na noite de terça-feira (29). Chacina deixou 11 mortos no dia 19 de maio. Cruzes com os nomes das vítimas da chacina do Guamá foram colocadas no local do crime. Carlos Brito / TV Liberal O oitavo suspeito de participação na chacina de que deixou 11 pessoas mortas no bairro do Guamá, em Belém, se entregou na sede da Divisão de Homicídios da Polícia Civil na noite de terça-feira (28). Jonatan Albuquerque Marinho, o Diel, se apresentou com o advogado por volta das 22h30 da noite. O suspeito prestou depoimento e depois foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), Jonatan era o último suspeito da chacina ainda foragido. No domingo (19), onze pessoas foram mortas e uma ficou gravemente ferida após homens encapuzados dispararem contra os ocupantes de um bar no bairro do Guamá. No local do crime, acontecia uma festa. Das 11 vítimas, seis são mulheres e cinco são homens. De acordo com a polícia, dos oito presos pelo crime, quatro são policiais militares. No depoimento prestado após a prisão, Jonatan confessou a participação no crime, mas negou ter sido um dos executores. De acordo com o secretário de segurança, Uálame Machado, as investigações trabalham com a hipótese do suspeito ter elaborado a logística da ação. "A princípio, Jonatan não admite participação na execução. Ele não foi um dos que adentraram no bar e efetuaram os disparos. Porém, ele participou do planejamento e da logística que deu apoio à ação criminosa. Todos os que estão envolvidos na ação criminosa devem respondem por ela", explicou o secretário. Segundo Machado, o suspeito era conhecido pela polícia por fazer vigilância clandestina na região e que isso pode ter ajudado no momento da elaboração da logística da chacina. "Ele era conhecido por fazer vigilância clandestina e segurança de alguns pontos comerciais. Ele morava na região do crime e fazia a vigilância de muitos pontos lá próximo, não só no Guamá", disse o secretário. Vítimas da chacina de Belém Reprodução/ TV Liberal Prisões Oitavo suspeito de participação na Chacina do Guamá se entrega a Polícia De acordo com a polícia, todos os PMs envolvidos foram presos pela Corregedoria da Polícia Militar e encaminhados ao Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (CRECAN), em Santa Izabel do Pará. A Secretaria de Segurança Pública (Segup) informou que há duas linhas de investigação e que em dez dias o inquérito deve ser concluído. Não foi informado o que poderia ter motivado o crime. A secretaria informou que mais detalhes serão divulgados apenas no relatório final do inquérito. "Nós temos ainda alguns dias para concluir toda a investigação. Os delegados que trabalham no inquérito estão analisando todas as provas produzidas e nós temos duas linhas de investigação. Uma dessas linhas leva um tempo maior de planejamento", afirmou Uálame Machado. Ainda segundo a Segup, a prisão dos foragidos deve ser fundamental para saber quem participou, diretamente ou não, da chacina. "Acreditamos que entre três e quatro pessoas entraram no bar e executaram as vítimas. Esse número será fechado até o final da investigação. Estamos investigando também se as 11 vítimas eram alvos certos ou se morreram aleatoriamente", explicou o secretário. A polícia já sabe que o grupo é suspeito de praticar outros crimes na Região Metropolitana de Belém, mas ainda não está claro qual o envolvimento de cada um dos suspeito na chacina, por isso, é possível que mais pessoas estejam envolvidas no crime. “As oito pessoas que foram presas foram identificadas na fase inicial de investigação. Porém, há possibilidade de chegarmos a conclusão de que alguém mais tem envolvimento com o crime. Nós acreditamos que com a execução em si, está tudo fechado. Porém, há a possibilidade de mais pessoas, até o final do inquérito, possam ser identificadas como participantes da articulação do crime", afirmou Machado. Veja quem são os suspeitos presos por envolvimento na chacina Edivaldo dos Santos Santana (Preso) Aguinaldo Torres Pinto (Preso) Jaysson Costa Serra (Preso) Cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva (Preso) Cabo Wellington Almeida Oliveira (Preso) Cabo José Maria da Silva Noronha (Preso) Cabo Leonardo Fernandes de Lima (Preso) Jonatan Albuquerque Marinho, “Diel” (Preso).
Fonte: G1 Pará
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