Polícia indicia mulheres que agrediram criança autista em clínica terapêutica de Castanhal
Criança aparece, em vídeo, sendo agredida e ameaçada pela dona da clínica e pela filha, que é terapeuta ocupacional. A Polícia Civil indiciou, nesta quinta-feira (30), pelo crime de tortura, Marcileia Pinheiro da Costa e Manoela Caroline Pinheiro da Costa, mãe e filha, respectivamente. As duas foram filmadas enquanto agrediam fisicamente um menino autista de dez anos de idade, no interior do Centro Terapêutico "A Fazendinha", localizado em Castanhal, nordeste do estado. A pena prevista é de dois a oito anos de reclusão. No parágrafo 4°, da mesma Lei, a pena é aumentada de um sexto até um terço se o crime é cometido contra criança, gestante, deficiente e adolescente. Vídeo mostra criança autista sendo agredida por terapeuta A agressão foi registrada na última quinta-feira (23). Imagens de celular flagraram uma terapeuta ocupacional, filha da proprietária do Centro, agredindo um garoto de 10 anos de idade, diagnosticado com autismo. No vídeo, a terapeuta dá um tapa e grita com a criança. Em seguida, a proprietária do estabelecimento, munida de um cinto, passa a fazer ameaças e promover violência psicológica ao menino, que começa a chamar pela mãe. O inquérito foi instaurado ainda no dia 23 de maio pela delegada Lidiane Pinheiro, da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) do município. O objetivo era investigar o vídeo que circulou nas redes sociais. O caso foi denunciado pelo Ministério Público do Pará (MPPA) na sexta-feira (24), um dia após a divulgação das imagens. No documento enviado à Justiça, o MPPA pedia à Justiça a concessão de medida liminar, sem oitiva da parte contrária, para suspender as atividades exercidas no Centro Terapêutico. Depoimentos Ao todo, foram ouvidas 14 pessoas, em depoimento, entre as quais, as duas acusadas. Elas admitiram as agressões, sob alegação de que pretendiam conter a criança. Além dos depoimentos, a delegada requereu a perícia do vídeo e encaminhou ofício a alguns órgãos, como a Vigilância Sanitária, requerendo a fiscalização do Centro Terapêutico. Com quase 150 folhas, o inquérito foi remetido nesta quinta ao Poder Judiciário de Castanhal. Na conclusão do inquérito, a delegada indiciou as acusadas pelo crime de tortura, previsto no artigo 1°, II, Parágrafo 4°, II, da Lei 9.455 de 1997, por submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Fonte: G1 Pará
Fonte: G1 Pará
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