Reunião entre prefeituras da Grande Belém e empresa responsável pelo Aterro Sanitário de Marituba termina sem acordo


Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos encerra as atividades nesta sexta-feira, 31. Ministério Público informa que vai indiciar os responsáveis que falharam na solução do problema. Prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, cogita reabir o lixão do Aurá. Prefeituras discutem fechamento do aterro sanitário que atende a Grande Belém A reunião organizada pelo Ministério Público de Marituba com representantes das prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba e da empresa Guamá Tratamento de Resíduos Sólidos para tratar sobre a destinação do lixo produzido na região metropolitana terminou sem acordo nesta quinta-feira (30). De acordo com a promotora Ana Maria Magalhães, as partes não chegaram em um consenso e agora a destinação dos resíduos que serão coletados a partir do dia 31 de maio não tem destino certo. Por isso, o momento agora será indiciar os responsáveis que falharam na solução do problema. Em novembro de 2018, a empresa Guamá Tratamento Resíduos Sólidos, responsável pelo aterro sanitário de Marituba, anunciou o encerramento das atividades em maio de 2019. A justificativa utilizada pela empresa foi a inadimplência das prefeituras de Belém e Ananindeua que totalizariam valores que chegam a R$ 12,5 milhões. Moradores de Marituba protestam e pedem o fechamento do aterro de Marituba, onde é depositado quase 1800 toneladas de lixo por dia Ary Souza/O Liberal Para continuar funcionando, a empresa responsável pelo aterro cobrou o reajuste do preço da tonelada do lixo recolhido. Segundo a Guamá, em junho de 2015, devido a situação emergencial que fechou o Lixão do Aurá, um contrato foi firmado pelo período de apenas seis meses, com preço provisório de R$ 60,00 por tonelada de lixo recolhida, para atender a restrição orçamentária da Prefeitura Municipal de Belém naquele exercício. O mesmo ocorreu com Ananindeua e com Marituba, que concedeu gratuidade para disposição de resíduos durante um determinado período. Atualmente a empresa é remunerada com um valor de R$ 65,33 por tonelada o que, segundo ela, não cobre os custos da atividade. A Guamá informou que o valor pago pelas prefeituras deveria ser de R$ 114,20 por tonelada. A Prefeitura de Belém não aceitou a proposta de reajuste do preço pago pela tonelada de resíduos e procurou a Justiça para que o aterro continuasse funcionando. A Justiça negou a liminar da gestão municipal de Belém, que recorreu. Retorno para o Aurá A Prefeitura de Belém anunciou nesta quarta-feira (29) que pode retomar uso do "lixão do Aurá". Em nota, o prefeito, Zenaldo Coutinho, disse que o poder público municipal "vai tentar todos os recursos necessários para que o Aterro Sanitário de Marituba continue funcionando, mas não permitirá que o caos se instale na cidade". Além disso, a Prefeitura diz que caso não haja acesso ao aterro de Marituba, "não vê outra solução imediata que não seja a retomada das operações da antiga destinação no Aurá, que atualmente, recebe apenas material inerte sem potencial poluente". Ainda de acordo com a Prefeitura, a decisão já foi comunicada ao Ministério Público e ao Procurador Geral do Estado. Sob liderança da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) uma equipe já trabalha em "medidas que gerem o menor impacto ambiental nessa possível operação emergencial no Aurá. Enquanto isso, a Prefeitura continuará lutando pela manutenção do aterro sanitário de Marituba, até que se encontre outra área ambientalmente licenciada". Lixão ao Aurá Divulgação/Comus


Fonte: G1 Pará

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