Ex-motorista de Alexandre Frota, do PSL-SP, diz que foi usado como laranja

A pedido do ex-patrão, Marcelo Ricardo Silva teria registado em seu nome duas empresas que na verdade pertenciam a Frota. Deputado divulgou nota em que afirma que Marcelo Ricardo Silva foi demitido e passou a fazer ameaças e tentativa de extorsão. Ex-motorista de Alexandre Frota diz que foi usado como laranja pelo deputado do PSL O Ministério Público de São Paulo abriu um procedimento para investigar as acusações de um ex-motorista do deputado Alexandre Frota, do PSL de São Paulo, que disse ter sido usado como laranja pelo parlamentar. Na foto do dia 14 de dezembro de 2018, publicada numa rede social, o deputado do PSL, Alexandre Frota, diz que está indo para o trabalho. Quem dirige o carro é Marcelo Ricardo Silva que ainda guarda registro de algumas ligações do ex-patrão. Marcelo era motorista particular e servia também à família, ao filho do deputado. “Olha só. Amanhã você vai leva o Enzo com o carro novo” - áudio do Deputado Alexandre Frota, PSL-SP. Ajudava, ainda, na campanha. “Como está a operação distribuição de santinhos?” - - áudio do Deputado Alexandre Frota, PSL-SP. E lidava com o dinheiro. “Não é pra pegar Marcelo. Foi depositado 10, não é pra pegar. É pra entregar pro Cleber”. Reportagem da “Folha de S.Paulo” deste sábado (8) revela que o ex-motorista diz que foi usado como laranja pelo deputado do PSL. Ao Jornal Nacional ele repetiu a acusação que foi registrada também no Ministério Público de São Paulo no último dia 29 de maio. Marcelo diz que, a pedido do ex-patrão, colocou em seu nome duas empresas: a FR Publicidade e Atividade Artística e a DP Publicidade Propaganda e Eventos, seria só por 3 meses. “Além de eu ter feito esse erro de colocar uma empresa do Frota no meu nome, deixar ele fazer por três meses e acabou ficando anos”, afirma Marcelo Ricardo Silva, ex-motorista do deputado Alexandre Frota. Repórter: “O senhor não tinha a noção do problema que isso podia trazer?”. Marcelo: “Do transtorno, não. Infelizmente, como sou leigo nesse assunto, passou batido”. Também a pedido de Alexandre Frota, Marcelo diz que recebia em suas próprias contas bancárias valores que depois eram repassados para a mulher do deputado. Ele marca num dos extratos alguns desses valores. No total diz recebido e repassado mais de R$70 mil. Afirma também que seu salário muitas vezes teria sido pago por empresários como forma disfarçada de doação de campanha. Repórter: “Foi declarada na campanha essa ajuda?” Marcelo: “Não, que o TRE nem tem essa informação. Que eu recebia meus pagamentos eram feitos através de dois empresários que o Alexandre Frota arrumou”. Marcelo Ricardo Silva diz que decidiu denunciar o deputado Alexandre Frota porque teve problemas como não conseguir receber o seguro desemprego por ter se tornado sócio do ex-patrão. Além disso, diz que foi contratado para o gabinete do deputado por um salário menor que o combinado. Foi demitido logo depois e sem explicação. A contratação e a exoneração 25 depois constam no Diário Oficial. O maior medo do Marcelo agora são as dívidas das empresas. “Eu quero que a Justiça cobre dele. Verifique as duas empresas dele que ele colocou no meu nome quanto deve pra Justiça. Porque isso é imposto. Ele em obrigação de pagar”, afirma Marcelo. O deputado Alexandre Grota divulgou nota onde afirma que Marcelo Ricardo Silva foi demitido por comportamento inadequado e que, depois disso, ele passou a fazer ameaças e tentativa de extorsão. A nota diz ainda que Alexandre Frota registrou um boletim de ocorrência, e uma representação na polícia da Câmara dos Deputados para proibir o ex-motorista de entrar no Congresso. Frota defende ainda que o ex-funcionário nunca trabalhou na campanha eleitoral, que ele foi contratado e registrado como motorista particular e que nunca teve nenhuma relação ilegal com o ex-funcionário.


Fonte: G1

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