
Marcos Vinícius Vannucchi foi preso suspeito de cobrar propina de fiscais em operação. Promotores do GEDEC investigam relação do ex-corregedor com vereador de Itatiba Os promotores do Grupo de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec) e a Polícia Civil estão investigando a relação do ex-corregedor-geral da Secretaria da Fazenda, Marcos Vinícius Vannucchi, com o vereador de Itatiba (SP) Alberto Hiroshi Bando. Vannucchi e a ex-mulher foram denunciados pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro e continuam presos na capital. Anteriormente, a evolução patrimonial de Marcos chamou a atenção dos promotores. Em menos de quatro anos como corregedor-geral, ele comprou 65 imóveis, sendo muitos de luxo, em Itatiba. A pedido do MP, a Justiça bloqueou as contas bancárias de seis empresas ligadas ao ex-corregedor. Cinco delas não têm funcionários e algumas funcionam em casas dentro de condomínios fechados de luxo. Das seis empresas que aparecem no processo, a TV TEM teve acesso a documentos de três. Olinda Vannucchi é sócia de uma família de sobrenome Bando e, entre os vários nomes, aparece o vereador Alberto Hiroshi Bando. Dólares foram encontrados em 'bunker' escondido na casa de ex-corregedor da Secretaria da Fazenda de SP Redes sociais A ligação entre as famílias é antiga. Um documento mostra que quando Vitório Bando, irmão de Alberto Hiroshi, era vereador, em 2009, contratou como assessor o filho de Marcos Vinicius no gabinete. As duas famílias e as pessoas que aparecem nos contratos sociais das empresas podem ser responsabilizadas. Por telefone, o advogado do vereador disse que ainda não teve acesso ao processo por inteiro e que já fez esse pedido ao Tribunal de Justiça. Por enquanto, o advogado e o vereador não vão se pronunciar. Já o irmão e ex-vereador de Itatiba Vitório Bando disse por telefone que as famílias são amigas de longa data e que empregou, sim, o filho do ex-corregedor em 2009, quando era vereador. Vitório disse também que seus irmãos têm duas empresas em sociedade com Marcos e a mulher, mas negou que os negócios sejam ilícitos. Operação do MP Na semana passada, policiais e promotores prenderam Marcos Vinicius na casa da ex-mulher. Atrás de um armário havia a quantia de 180 mil dólares e euros. No local também foram apreendidos documentos. Fiscais da Secretaria da Fazenda Estadual que tiveram investigações arquivadas pelo então corregedor-geral vão ser chamados pelo Ministério Público. A suspeita é que eles pagaram propina para não serem investigados. De acordo com a investigação, Marcos se separou da mulher apenas no papel em uma suposta fraude na tentativa de evitar a apreensão dos imóveis. Olinda Alves do Amaral Vannucchi foi presa por lavagem de dinheiro. Veja mais notícias da região no G1 Sorocaba e Jundiaí
Fonte: G1
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