Ministro quer contratar empresa privada para monitorar o desmatamento na Amazônia


Reportagem da 'Folha de S.Paulo' revela que o atual monitoramento feito por órgãos públicos não é totalmente aproveitado. O ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, quer contratar uma empresa privada para melhorar o monitoramento da Amazônia, segundo edição desta segunda-feira (3) da"Folha de S.Paulo". O jornal mostrou, no entanto, que o atual processo feito pelos órgãos públicos já não é totalmente aproveitado. Ao mesmo tempo, de acordo com a reportagem, "nos primeiros cinco meses do governo Jair Bolsonaro, o Ibama registrou a menor proporção de autuações por alerta de desmatamento na Amazônia dos últimos quatro anos". O jornal afirma que o ministro culpa o atual monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pela ineficácia no combate ao desmate e quer trocá-lo por uma empresa privada. Segundo a "Folha", o ministro Salles quer contratar a empresa paulista Santiago e Cintra. Após questionamentos da "Folha de S.Paulo", a assessoria do ministério divulgou uma nota informando que não substituirá o Inpe no monitoramento de desmatamento por satélite, mas pretende agregar dados do projeto do MapBiomas, que será lançada oficialmente na sexta (7), da Embrapa, e também imagens de alta resolução de outras fontes para auxiliar a pasta em ações de combate ao desmatamento. GIF mostra a mudança da terra desde 85 na Amazônia Igor Estrella/G1 A assessoria não fez menção a um outro questionamento: o Ibama vem reduzindo o número de autuações. Do começo do ano até 15 de maio, o Inpe enviou aos órgãos ambientais de fiscalização 3.860 alertas de desmatamento, mas a fiscalização do Ibama, no entanto, realizou apenas 850 autuações. O jornal afirma que "a proporção nestes primeiros meses de governo Bolsonaro ficou em 4,5 alertas por autuação. Entre 2016 e 2018, essa média variou de 1,1 a 3,4 de alertas por autuação no mesmo período". Carlos Rittl, ambientalista do Observatório do Clima, afirma que os sistemas usados hoje, como o implementado pelo Inpe, são muito eficazes para detectar desmatamento e que o problema é a falta de investimento em fiscalização. "Dinheiro teria mais resultado se fosse gasto com fiscais". Vista da BR-163, estrada que liga Santarém, no Pará, a Cuiabá, no Mato Grosso Marcelo Brandt/G1


Fonte: G1

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