MPF pede suspensão da matrícula de aluna suspeita de fraudar cota racial na UFRJ

Ela se matriculou em 2 cursos de graduação da universidade usando vagas reservadas a candidatos negros. UFRJ criou comissão para analisar autodeclarações de cor e diz que existem 50 casos semelhantes. O Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro pediu a anulação da matrícula de uma estudante suspeita de fraudar a autodeclaração, para se beneficiar das vantagens oferecidas pelas cotas raciais e ingressar nos cursos de Saúde Coletiva e Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A aluna, que não teve a identidade revelada, ingressou primeiro no curso de Saúde Coletiva em 2018. Segundo o MPF, após ser intimada a se manifestar sobre a fraude, a estudante disse que teria abandonado o curso. No entanto, ela havia se matriculado em Nutrição, no campus da UFRJ de Macaé, no interior do Estado, usando novamente da cota racial. Homem burlou sistema de cotas em concurso público O MPF informou que a autodeclaração “se baseou em argumentos sem consistência”. “Independentemente da ideia que se tenha acerca do valor da mestiçagem no quadro da “democracia racial” brasileira, a miscigenação da população brasileira não deve servir para sabotar as políticas públicas voltadas à redução das evidentes e sociologicamente comprovadas desigualdades entre brancos e negros no Brasil”, afirmaram os procuradores regionais dos Direitos do Cidadão, Renato Machado, Ana Padilha e Sérgio Suiama, autores da ação. Ainda de acordo com o MPF, as falhas na identificação racial não podem ser usadas “como argumento definitivo para impedir que as minorias sejam incluídas e que as ações afirmativas sejam implementadas no Brasil”. A UFRJ informou que uma comissão foi criada este mês para analisar as autodeclarações de cor. O caso será avaliado pela universidade, que tem outros 50 processos semelhantes. Cada situação é avaliada individualmente.


Fonte: G1

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