'Não vi nada, é como se eu tivesse fechado os olhos', diz vítima sobre explosão de apartamento, em Curitiba


Gabriel Araújo e outras duas pessoas estão internadas com parte do corpo queimado; menino de 11 anos morreu após ser arremessado do apartamento, neste sábado (29). Gabriel Araújo, uma das vítimas da explosão, fala com exclusividade a RPC Gabriel Araújo, uma das vítimas da explosão seguida de incêndio em um apartamento em Curitiba, neste sábado (29), relembrou o que aconteceu no caso. Um menino de 11 anos morreu e outras três pessoas foram internadas com queimaduras pelo corpo. "Não vi nada, é como se eu tivesse fechado os olhos. Uma hora eu estava olhando, e quando eu abri os olhos de novo, estava no chão, com uma dor insuportável nas mãos, nas pernas, todo queimado (...) Depois que eu consegui retomar um pouco os sentidos eu vi que o sofá estava inteiro em chamas", disse. Conforme a Polícia Militar (PM), a explosão no apartamento, que fica no último andar do prédio, localizado na Rua Dom Pedro I, no bairro Água Verde, foi registrada por volta das 9h30. As chamas tomaram conta dos cômodos e as paredes desabaram. O menino Mateus Lamb foi arremessado do apartamento. Ele chegou a ser reanimado pelos bombeiros, depois de ter uma parada cardiorrespiratória, e foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador, mas morreu ao passar pela 2ª cirurgia neurológica. Além de Mateus e Gabriel, estavam no apartamento Raquel Lamb, de 23 anos (esposa de Gabriel e irmã de Mateus), e o técnico de Caio Santos, de 30 anos, que realizava a impermeabilização de um sofá. Os feridos foram levados para o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. Raquel e Caio estão internados em estado grave. O estado de saúde de Gabriel de Araújo é estável. Gabriel Araújo e outras duas pessoas estão internadas com parte do corpo queimado após explosão de apartamento em Curitiba Arquivo pessoal Explosão Gabriel afirmou que não se lembra se escutou a explosão. "Quando eu vi, já estava no chão, apagado", disse. Ele relembrou que estava na sala, com a esposa, olhando o técnico durante a aplicação do impermeabilizante no sofá. Mateus, segundo Gabriel, estava em um quarto, dormindo, no momento da explosão. "O produto tem um cheiro forte. Inclusive, eu deixei as janelas abertas, porque o cheiro estava bem forte. O técnico arrastava um sofá. É um sofá de canto, então, ele arrastou da parede para fazer a aplicação nas laterais e para fazer a aplicação em cima. Eu estava do lado", disse. Segundo Gabriel, o técnico orientou o casal a abrir as janelas, o que foi feito. "Ele só pediu para abrir as janelas, comentou que, depois de duas horas, já poderíamos sentar no sofá, já poderíamos usar, e que o teste era para ser feito depois de 12 horas, de derramar um copo de água", afirmou. Paredes de apartamento pegou fogo depois de explosão, em Curitiba, foram destruídas Cassiano Rolim/RPC Interdição e investigação A Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), da Prefeitura de Curitiba, interditou o edifício temporariamente. O Corpo de Bombeiros informou que os moradores retiraram pertences, ainda neste sábado. A Polícia Civil abriu um inquérito pra apurar o caso. O resultado da perícia feita no apartamento e em outras áreas do prédio deve ser apresentado em até 30 dias. De acordo com a polícia, apenas com o resultado, será possível afirmar com certeza o que provocou a explosão. O advogado da empresa Impeseg, que fez a impermeabilização do sofá, disse que os sócios estão chocados com o caso, e afirmou que tem informações de que todas as precauções necessárias foram tomadas, como a abertura das janelas do apartamento. A empresa afirmou ainda que aguarda a conclusão das investigações. Móveis da sala do apartamento que explodiu foram totalmente destruídos pelo fogo Instituto de Criminalística/Divulgação Veja mais notícias do estado no G1 Paraná.


Fonte: G1

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