Polícia do RJ diz deputada Flordelis é investigada pela morte do marido

Segundo investigadores, todos os que estavam na casa quando o pastor Anderson do Carmo morreu são investigados. Dois filhos do casal estão presos e um deles admitiu ter atirado nele. Polícia do RJ diz deputada Flordelis é investigada pela morte do marido A polícia do Rio afirmou que todas as pessoas que estavam na casa na hora do assassinato do pastor Anderson do Carmo estão sendo investigadas. Isso inclui a mulher dele, a deputada federal Flordelis, do PSD. Uma confissão e muitas dúvidas ainda. “Provavelmente a motivação do crime é relacionada a uma questão que envolve a família, mas não se sabe de que natureza. Pode ser econômica, pode ser de gestão patrimonial, de recursos, pode ser política, pode ser interpessoal”, disse a delegada Bárbara Lomba. Flávio dos Santos, enteado do pastor Anderson do Carmo, admitiu ter matado o padrasto com seis tiros, mas a polícia diz que esse é só o começo para entender essa história. “Ele assumiu ter atirado, mas a confissão por si só não vai definir e ainda há que se esclarecer como foi essa execução, porque a narrativa não define. Motivação, por exemplo, não está definida”, afirmou a delegada. A polícia quer saber se Flávio foi o único a atirar e se o outro irmão, Lucas dos Santos, realmente só ajudou na compra da arma. Os investigadores dizem que há muitas contradições nos depoimentos dos dois e estranham o fato de a família ainda não ter entregado os celulares de Flávio e do pastor. O pastor Anderson de Souza era casado com a deputada federal Flordelis, do PSD. Os dois tem 55 filhos, entre biológicos e adotivos. Anderson de Souza foi assassinado, na madrugada de domingo (16), logo depois de chegar em casa. A deputada Flordelis contou que o marido voltou para buscar algo no carro e que, nesse momento, ela ouviu os tiros. Os investigadores já sabem que a arma usada por Flávio para matar o padrasto foi comprada dois dias antes do crime. A polícia trabalha com a possibilidade de o pastor ter sido atingido primeiro pelas costas. O Jornal Nacional apurou que todos que estavam na casa, inclusive a deputada Flordelis, estão sendo investigados. “Todos que estavam na cena do crime, perto da cena do crime, que conviviam com a vítima de alguma forma, mesmo que não morassem na casa, estão dentro da investigação”, explicou a delegada. Na quinta-feira (20), o Jornal Nacional mostrou que o depoimento de um filho do pastor e da deputada Flordelis aumentou as suspeitas de que este pode ter sido um crime em família. O filho afirma que além de Flávio e de Lucas, o irmão que comprou a arma, ele suspeita do envolvimento da mãe e de outras três irmãs. Nesta sexta (21), o Jornal Nacional teve acesso a novos trechos do que ele disse. O filho conta que em abril, Flavio pediu para ele guardar um documento de um carro dentro de um cofre no quarto de Flavio. Lá, viu um saco com munição de pistola, a arma usada no crime. Diz ainda que Flavio e Anderson não tinham uma boa relação mas que, ultimamente, estavam mais próximos. Na terça-feira (18), antes desse depoimento se tornar público, a deputada falou sobre o caso para o portal de notícias “Pleno News”. Flordelis negou que houvesse algum tipo de desavença na família e que o marido não abusava dos filhos, como estava ouvindo nos últimos dias. Também disse que não desconfiava de traição do marido e que eles estavam bem. Confirmou que ouviu apenas seis tiros. Mas ao contrário do que mostrou a perícia, ela diz que o corpo do pastor tinha 12 perfurações e não 30. A delegada mantém a informação de 30 perfurações, mas diz que ainda não pode afirmar quantos tiros foram disparados. “São 30 perfurações que podem ser de entrada, saída, reentrada, em outro local do corpo e saída de novo. O mesmo tiro que entra e sai, então isso não significa que são 30 tiros, 15 tiros”, disse. Até agora, 20 pessoas prestaram depoimento à polícia. A assessoria da deputada Flordelis disse que ela foi intimada para depor na condição de testemunha e não como investigada.


Fonte: G1

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