STJ nega habeas corpus a prefeito preso por lavagem de dinheiro, corrupção e fraude em Camaragibe


Pedido de liberdade feito pela defesa de Demóstenes Meira (PTB) foi negado pelo ministro Jorge Mussi, da quinta turma do Superior Tribunal de Justiça. Demóstenes Meira (PTB) foi preso por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e organização criminosa Reprodução/TV Globo O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira (25) um habeas corpus (pedido de liberdade) impetrado pela defesa do prefeito afastado de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB). Ele foi preso na quarta-feira (20) com mais quatro pessoas por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e organização criminosa. A decisão foi tomada pelo ministro Jorge Mussi, da quinta turma do STJ. Além de negar a liminar pedida pela defesa, ele requisitou informações e, posteriormente, vista do Ministério Público Federal (MPF). Na justificativa para entrar com o pedido de liberdade para o prefeito afastado, a defesa alegou que Meira sofre de problemas psicológicos. Sobre o resultado da decisão do STJ, o G1 entrou em contato com a assessoria dos advogados e aguarda retorno. Meira e os outros dois presos na Operação Harpalo foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Outras duas mulheres foram presas na Colônia Penal Feminina do Recife. (Veja vídeo abaixo) Prefeito de Camaragibe, que está preso, é suspeito de fraudes de mais de R$ 60 milhões O rombo nas contas do município devido à atuação do grupo preso pode chegar a R$ 60 milhões, segundo o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) e a Polícia Civil. No dia em que Meira foi preso e afastado por 180 dias, a vice-prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz (DC), tomou posse e assumiu o lugar de Demóstenes. Além de Meira, sua noiva, a cantora Taty Dantas, que também era secretária de Assistência Social do município, também é investigada. Ela e mais 18 secretários e chefes de órgãos foram exonerados. O casal se envolveu em uma polêmica após a divulgação de um áudio de Meira exigindo a presença de servidores comissionados em um show da cantora, na semana pré-carnavalesca. Na gravação, ele disse que iria filmar e contar quantos funcionários foram à festa. (Veja vídeo abaixo) Prefeito de Camaragibe exige presença de comissionados em show da noiva durante prévia Operação Harpalo A Operação Harpalo, que prendeu Meira, começou em dezembro de 2018 e investiga o superfaturamento em contratos da prefeitura de Camaragibe. A primeira fase foi deflagrada em março de 2019. Na segunda fase da operação, deflagrada na quinta (20), a Polícia Civil constatou um conluio entre empresas que pertenciam a uma mesma pessoa para disputar processos licitatórios da prefeitura de Camaragibe para a manutenção de escolas públicas. Depois de uma dispensa de licitação, a empresa escolhida foi a de Carlos Augusto Bezerra de Lima, também preso nessa etapa da operação. A empresa vencedora firmou um contrato de R$ 1,2 milhão. Desse total, foi constatado, ainda na primeira fase da operação, um desvio de R$ 117 mil. Na segunda fase, a polícia encontrou provas da amizade entre Meira e Carlos Augusto. Confira os nomes dos cinco presos Demóstenes Meira - prefeito de Camaragibe Severino Ramos da Silva - empresário Luciana Maria da Silva - esposa de Severino Carlos Augusto Bezerra de Lima da Silva - empresário Joelma Soares - esposa de Carlos


Fonte: G1

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