Venezuelanos encontram em Foz do Iguaçu uma chance de recomeçar
Junto com os haitianos, os venezuelanos são os estrangeiros que mais buscam refúgio no Paraná; conheça algumas histórias. Dia Mundial do Refugiado é celebrado nesta quinta-feira (20). Hoje, 20 de junho, é Dia do Refugiado O dia 20 de junho é o Dia Mundial do Refugiado, e venezuelanos encontraram em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, uma nova vida. Junto com os haitianos, os venezuelanos são os estrangeiros que mais buscam refúgio no Paraná. Nos cinco primeiros meses de 2019, o centro de informação ao migrante do estado registrou um aumento de 85% nos atendimentos, em comparação com o mesmo período do ano passado. A tríplice fronteira é a principal porta de entrada do estado para muitos desses refugiados. Antes de chegar ao Brasil, a venezuelana Sulma Ortiz praticamente deu a volta na América do Sul. Desesperada com a situação política e econômica do país onde nasceu, ela buscou refúgio onde pudesse pensar em um futuro melhor para ela e à família. "Na Venezuela estava cada vez pior. Já não comíamos três vezes por dia, era uma refeição só, porque a cada dia aumentava tudo, escondiam a comida para depois revender a preços absurdos. Foi um pesadelo que vivi nos últimos nove meses na Venezuela", contou. Desesperada com a situação política e econômica do país, Sulma buscou refúgio onde pudesse pensar em um futuro melhor Reprodução/RPC Em Foz, a casa do migrante na Vila Portes é o principal ponto de apoio para os estrangeiros, pois no local eles recebem orientações para regularizar os documentos e até mesmo tirar a carteira de trabalho. Muitos voluntários também se esforçam para ajudar os refugiados, como a Priscila Dutra Dias, que é advogada, e dá apoio às famílias de venezuelanos que vivem em Foz. "Não é fácil você sair da sua casa e migrar para outro país que você não sabe como vai ser recebido. Então, eu acho bem importante esse apoio da comunidade", comentou. Casa do Migrante de Foz do Iguaçu é o principal ponto de apoio para os estrangeiros Reprodução/RPC Junto com a Priscila, o venezuelano Jesus, formou em janeiro uma associação para orientar os refugiados que chegam a Foz do Iguaçu. Ele está ali desde 2017 e depois de muitas dificuldades, conseguiu um emprego e um lugar para morar com a esposa e os dois filhos. "Não viemos aqui para roubar o trabalho brasileiro. Queremos compartilhar nossos profissionais, nossos trabalhos junto com vocês", explicou Jesus. Por ser militar, Jesus acha difícil retornar à Venezuela. A luta dele agora é para que os filhos cresçam com uma boa educação, e possam fazer muito pelo país que os acolheu. Jesus formou em janeiro uma associação para orientar os refugiados que chegam a Foz do Iguaçu Reprodução/RPC Veja mais notícias da região no G1 Oeste e Sudoeste.
Fonte: G1
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