
MP diz que prisões são necessárias porque vereadores continuam participando do esquema investigado na operação 'Sala Vip' e podem atentar contra colaborador que ajuda nas investigações. Julgamento será na tarde desta quarta (3). TJ vai julgar pedido de prisão preventiva de vereadores afastados da Câmara de Petrópolis, no Rj Aline Rickly / G1 O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) vai julgar nesta quarta-feira (3) o pedido de prisão preventiva do ex-presidente da Câmara e outros vereadores de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Eles são investigados pela operação "Sala Vip", que apura crimes de envolvimento em fraudes em licitação e peculato. Os pedidos de prisões preventivas são para os vereadores afastados Paulo Igor, Ronaldo Luiz de Azevedo Carvalho, o Ronaldão; Luiz Antônio Pereira Aguiar, o Luizinho Sorriso; Reinaldo Meirelles da Sá e Wanderley Taboada. O G1 tenta contato com a defesa dos vereadores afastados. A “Sala Vip” é um desdobramento da Operação “Caminho do Ouro”, que aconteceu em abril de 2018, resultando na prisão do vereador afastado Paulo Igor. A operação também tinha mandado de prisão contra o vereador Luiz Eduardo Francisco da Silva, o Dudu, que não foi encontrado e ficou foragido até conseguir um habeas corpus do Supremo. De acordo com o MPRJ, as infrações do esquema criminoso ocasionaram prejuízo superior a um milhão de reais ao município de Petrópolis. Polícia encontrou dinheiro na banheira de hidromassagem do ex-presidente da Câmara de Vereadores Reprodução/TV Globo No cumprimento do mandado de busca e apreensão, na casa de Paulo Igor, foram apreendidos mais de R$ 155 mil em espécie na banheira de hidromassagem. Segundo o MPRJ, o dinheiro estava divido em maços, nos quais continha os apelidos e as iniciais de outros vereadores. Dinheiro foi apreendido na casa do vereador Paulo Igor Divulgação/Ministério Público Em novo inquérito policial, o MPRJ disse que foi apurado que as propinas recebidas por esses vereadores decorriam de desvios de dinheiro público feito através de pagamentos superfaturados, para empresas que prestavam serviços à Câmara Municipal de Petrópolis. Ex-presidente da Câmara, Paulo Igor é suspeito de envolvimento em crimes de fraudes em licitação e peculato, segundo MPRJ Divulgação/Câmara Municipal Em janeiro deste ano, na Operação “Sala Vip”, o MPRJ afirmou que Paulo Igor foi denunciado por cooptar outros vereadores, do pagamento de verba mensal, para obter maioria de votos na Câmara e para manter-se no cargo de presidente. Paulo Igor ficou na prisão por cinco meses e foi solto em setembro de 2018, após conseguir um habeas corpus. A defesa do vereador afastado nega o envolvimento dele nos crimes e diz que o dinheiro encontrado na casa de Paulo Igor era lícito e resultado da venda de um imóvel. Na semana passada, a Justiça determinou o pagamento dos salários retroativos do vereador, que recebeu da Câmara R$ 84 mil e voltará a receber o salário normalmente até que "haja sentença condenatória", segundo a decisão judicial. Veja outras notícias da região no G1 Região Serrana.
Fonte: G1