Reclamações sobre o abastecimento de água em Belém sobem cerca de 130%


Defensoria pública diz que reclamações contra a Cosanpa correspondem a 25% do total de casos atendidos no local. MPPA pede que Cosanpa apresente dados. Enquanto Companhia diz que instituição está sucateada e que obras no Complexo Bolonha devem resolver os problemas. Defensoria Pública registra aumento de quase 130% no número de reclamações contra Cosanpa De acordo com a Defensoria Pública do Estado do Pará aumentou em quase 130% o número de reclamações contra o serviço de abastecimento de água em Belém no início de 2019, em relação ao mesmo período do ano passado. O total de reclamações sobre problemas com o acesso à água já são 25% do total de queixas recebidas pelo órgão. Situações como a do vigilante Jorge Gonçalves que recorre a água guardada em baldes e com péssima qualidade quase todos os dias. "Água barrenta, cheia de ferrugem, com odor horrível. A gente acorda para tomar banho e sai fedendo para o trabalho. Voltamos para casa e, sem banho, vamos dormir fedendo”, denuncia. O Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública revela que problemas com o consumo e cobranças indevidas, como interrupção de serviço sem avisos e pagamento de taxas de corte estão entre os principais casos atendidos. “Temos de registrar cobranças relacionadas a medição por estimativa. Consumidores que não tem hidrômetro em suas residências e tem seu faturamento estimado pela concessionária, o que viola a legislação especifica da área e o código de defesa do consumidor”, detalha o defensor público Cássio Bitter. Ministério Público pede informações Enquanto isso o Ministério Público do Estado (MPPA) recebe queixas contra qualidade do serviço. O MPPA afirmou nesta quarta-feira (29), após uma reunião com representantes da Cosanpa, que pretende ajuizar uma ação cautelar para que a companhia apresente em juízo as informações sobre a real situação do abastecimento da cidade nos próximos sete dias. Em nota, a Cosanpa informou que os problemas ocorridos recentemente são resultado do sucateamento da companhia que acumula um prejuízo de R$ 244 milhões de reais e equipamentos quebrados. A Companhia afirma ainda que o Complexo Bolonha, responsável por 50% do abastecimento da Região Metropolitana de Belém está funcionando no limite de operação. E que os problemas serão resolvidos com obras de melhoria e ampliação no local, que seguem em ritmo acelerado. Complexo Bolonha, em Belém recebe obras de melhorias. Agência Pará


Fonte: G1

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