Jovens contam suas histórias de superação e amor pela dança
Em São Paulo, fãs do grupo BTS ficam semanas em fila para conseguir ingresso para o show do grupo. Crianças que interpretam personagens do musical Billy Elliot contam suas histórias. Em Fortaleza, grupos de swingueira fazem sucesso. Profissão Repórter – Amor pela dança – 29/05/2019 O amor pelo grupo sul-coreano BTS levou mães, pais e avós a se acomodarem no chão, em abrigos improvisados, debaixo de chuva e forte sol para acompanhar os filhos em uma maratona: conseguir comprar ingresso para o show da banda em São Paulo. Foi uma espera de três semanas. Quando a bilheteria abriu, os ingressos acabaram em quatro horas. Pela internet, acabaram em poucos minutos. BTS é um grupo de pop coreano, ou K-pop, estilo que ganhou o mundo. Este ano, o grupo quebrou um recorde dos Beatles ao aparecer com três álbuns diferentes na liderança da Billboard, a principal parada de sucessos internacionais. A repórter Danielle Zampollo acompanhou o fanatismo pelos garotos do BTS e o desespero de quem não conseguiu comprar o ingresso; veja no vídeo acima. Muitos dos fãs das bandas formam seus próprios grupos para dançar K-pop. O Centro Cultural Vergueiro é o ponto preferido dos dançarinos em São Paulo. O motivo: o prédio é repleto de vidros espelhados. Jovens ensaiam dança no Centro Cultural Vergueiro, em São Paulo Billy Elliot As crianças que encenam, cantam e dançam no musical Billy Elliot vivem uma maratona de ensaios e apresentações. Billy é um garoto que se apaixona pelo balé, mas enfrenta o pai e o irmão que não aceitam a escolha do menino. Paulinho Gomes e Tiago Fernandes, de 12 anos, são uma das três duplas que se revezam nas apresentações. Com quase três horas de duração, o espetáculo depende muito da resistência das crianças. Tiago durante ensaio do musical BillyEliot A história de Billy Elliot é parecida com a dos meninos que interpretam o personagem. “Eu já fui muito zoado por causa da dança. Já me chamaram de um monte de coisa: gay, menininha. Aí me davam tapa”, conta Pedro Sousa, de 10 anos, que também faz o personagem no musical. “Meu pai, no começo, não queria. Ele guardava pra ele, mas todo mundo sabia. Até o dia que ele foi me assistir e aí ele viu que eu dançava e que era aquilo que eu queria”, conta Tiago. Swingueira Em Fortaleza, Gustavo e Isaac Nascimento carregam uma caixa de som de mais de 20 quilos por quase dois quilômetros. Eles são do grupo de swingueira Os Patifez e organizadores do Swingão da Paz. "É pra gente pedir paz para a nossa cidade", diz Isaac. A swingueira tem em seus movimentos elementos de hip hop, pagode baiano e axé. Os Patifez se diferenciam por incluir na coreografia golpes de luta e os conflitos com a polícia. Eles dançam juntos há nove anos. Os grupos de swingueira não têm patrocínio. Em algumas apresentações, eles recebem parte da venda dos ingressos, mas ninguém consegue sobreviver da dança. “Se a gente tivesse mais apoio, a criminalidade aqui teria diminuído. Quanto mais gente tiver envolvido com a gente aqui, no meio da dança, é mais gente longe do crime”, afirma Isaac. Confira o programa completo no vídeo acima.
Fonte: G1
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