Inteligência artificial revoluciona exames de imagens em hospitais de SP e Goiás

Resultados quase imediatos aumentam a precisão e podem significar a diferença entre a vida e a morte. Inteligência artificial agiliza exames de imagens em hospitais de SP e GO A inteligência artificial está revolucionando os exames de imagens em hospitais de São Paulo e de Goiás. Resultados quase imediatos aumentam a precisão e podem significar a diferença entre a vida e a morte. Motorista bate com o carro e, levado ao hospital, precisa passar por uma tomografia. Essa é a rotina no atendimento a acidentados. Rotineira também, infelizmente, é a espera pelo resultado. Os exames precisam ser analisados para se conhecer a extensão das lesões. Em vários hospitais, as imagens são enviadas para centrais que reúnem especialistas de todas as áreas. Uma empresa emite laudos a distância para mais de 80 unidades de saúde de São Paulo e Goiás. Para as tomografias de crânio, os radiologistas contam com o auxílio de uma tecnologia trazida de Israel. Na tela que um radiologista normalmente vê, ele precisa buscar, às vezes em centenas de imagens, as possíveis lesões para emitir um laudo, para que depois o hospital dê continuidade no tratamento. Agora, esse radiologista tem a ajuda do computador. A máquina indica as áreas potencialmente com problema. Elas são marcadas por setinhas que garantem agilidade no diagnóstico e um índice de acerto de até 90%. O que o programa encontra precisa ser confirmado por um profissional e como são dezenas de exames na fila, o algoritmo emite um alerta de prioridade para aqueles em que uma lesão é detectada. Assim, o tempo de análise dos mais urgentes cai de até quatro horas para menos de 30 minutos. Repórter: Esse ganho de tempo significa o que para o paciente? Igor Santos, radiologista: Isso aí vai significar muitas vezes a diferença entre saúde ou sequela ou mesmo a diferença entre a vida e a morte desse paciente. Diversos programas estão sendo testados para revelar outras doenças dentro do conceito de telemedicina. O novo Código de Ética Médica já prevê o uso de tecnologias assim, sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina, mas a última resolução do conselho sobre o assunto é de 2002. As universidades se preparam, a passos lentos, para essas novas ferramentas. Segundo o professor da USP Chao Lung Wen, das mais de 300 faculdades de medicina do país, apenas cinco oferecem cadeiras de telemedicina. Para ensinar e acabar com a desconfiança dos futuros médicos. “Não existe uma discordância telemedicina/medicina. Só existe uma: medicina, e a medicina tem o recurso da telemedicina para se aproximar mais dos pacientes. Esse é o ponto fundamental”, diz o professor.


Fonte: G1

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