Projeto capta água da chuva para ribeirinhos sem acesso à água potável


A invenção diminui tempo de viagem dos ribeirinhos para conseguir o material e melhora a qualidade de vida da população. Nova tecnologia capta água da chuva para comunidades sem abastecimento Cáritas de Belém Um projeto que capta água da chuva para comunidades ribeirinhas tem melhorado a qualidade de vida das comunidades. A ideia da associação Cáritas Metropolitana de Belém (Camebe), vinculada à Arquidiocese, surgiu para mudar a realidade de famílias que vivem próximas aos rios e não têm acesso à água potável. A invenção diminui tempo de viagem dos ribeirinhos para conseguir o material. “Agora a gente aproveita a água vinda dos céus. Antes para comprar água, meus filhos precisavam ir de barco para Caratateua (em Outeiro) ou Cotijuba. Isso demorava 40 minutos. Agora economizamos tempo e dinheiro”, afirma Ângela Souza do Nascimento, 74 anos, moradora mais velha da ilha de Jutuba. Segundo Gilvane Lolato, especialista em Gestão da Qualidade da Saúde pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG), a falta de sistema de abastecimento e de saneamento básico nas ilhas pode causar prejuízos à vida humana. “Isso acontece por falta de gestão. As consequências são percebidas no aumento das taxas de mortalidade infantil, doenças provocadas por contaminação e condições de vida”, alerta. Saneamento básico Apesar de estar cercadas pelas águas do rio Guamá, grande parte de Belém ainda vive sem água potável e saneamento básico adequado. De acordo com o PNAD 2017, do IBGE, apenas 657 mil residências possuem alguma forma de esgotamento em Belém. Ainda segundo o IBGE, Belém ficou entre as dez piores capitais brasileiras quando o assunto é saneamento básico em 2017. Isso representa cerca de 403 mil residências despejando esgoto de forma irregular nos rios.


Fonte:G1

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