Alto custo de produção no país é agravado por infraestrutura, diz Tereza Cristina

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que um dos grandes problemas do produtor brasileiro é o alto custo de produção, agravado por problemas de infraestrutura. A fala da ministra ocorreu em discurso de abertura no seminário "Perspectivas do Agronegócio 2019", em Campo Grande (MS), conforme nota da pasta. A ministra acrescentou, ainda, que, nos últimos cinco anos, a margem de lucro dos produtores rurais brasileiros ficou cada vez mais espremida, porque o país não tem como competir com países que têm infraestrutura de escoamento de produção muito melhor que a brasileira.

"Estamos a cada dia perdendo um pouco mais na competitividade", disse ela. "Se você olhar os custos de produção dos últimos cinco anos, vai ver que a margem do produtor está cada vez mais espremida", confirmou.

"Nós não temos como competir com países que já estão prontos, como os Estados Unidos, que já têm portos, ferrovias, hidrovias, rodovias, só têm de fazer melhorias." Tereza Cristina citou ainda a Argentina, que tem uma geografia muito melhor que a do Brasil, pois o país é comprido, é muito mais fácil atingir os portos do que no Brasil. "Tudo aqui é mais complicado, mais caro, e nós precisamos cuidar muito de nossos custos de produção."

A ministra disse que no Ministério da Agricultura está trabalhando muito para melhorar essas condições no Brasil, principalmente nas negociações para o Plano Safra 2019/20, que será anunciado em breve. Tereza Cristina disse, porém, que o produtor rural brasileiro precisa "começar a abrir a cabeça" para a abertura dos mercados do país para o mundo. "Nosso ministro da Economia é um liberal, e ser liberal é proteger nossos mercados, mas também abrir a nossa economia para o mundo. Nós não podemos continuar pensando que exportamos 80% do que produzimos de soja para a China e que a China não vai pedir uma contrapartida para nós, num produto que ela queira mandar para o Brasil", explicou a ministra. "As coisas funcionam numa mão dupla. Nós temos que pensar que o mercado não vai poder ficar fechado a vida toda."




Fonte: Globo

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