Morre aos 96 anos fotojornalista Gervásio Baptista

Gervásio fotografou décadas da história política do Brasil e seus registros correram o mundo. Morre aos 96 anos o fotojornalista Gervásio Baptista Morreu nesta sexta-feira (5), aos 96 anos, o fotojornalista Gervásio Baptista, que registrou alguns dos principais momentos da história do Brasil. Com Gervásio Baptista vai um pouco da história, mas ficam imagens que ele eternizou. Uma delas correu o mundo, virou símbolo de Brasília. “Eu consegui fazer JK levantar essa cartola e ele disse: ‘O que você quer que eu faça?’. E eu disse: ‘Me obedece que você vai se dar bem’. Foi capa da Manchete e correu o mundo essa foto”, lembrou Gervásio em uma entrevista. Obra de Gervásio também é aquela que seria a última foto de Tancredo Neves. “Houve um mal-entendido com alguns colegas, que acharam que ele já estava morto. Estava vivo”, contou. A amizade com a máquina de clicar veio de criança. O baiano baixinho virou gigante na arte da imagem. E voou alto, correu o mundo, testemunhou revoluções, guerras, copas, o funeral de Getúlio Vargas, em 1954. Gervásio conhecia o Planalto como ninguém. Fotógrafo oficial de três presidentes, o olhar atrás das lentes era certeiro, sabia muito: do que via e ouvia. Não por acaso, o mestre do fotojornalismo era reverenciado pelos colegas. Trabalhou nas revistas “Cruzeiro”, “Manchete”, na Radiobrás, no Planalto, no Supremo. E se dependesse dele, não se aposentaria nunca desse ofício que marcou sua vida por 77 anos. E, no meio de poderosos, o velho Gervásio costumava dizer: “Todos a quem fotografei eram mais importantes do que eu. Não fui famoso, nem rico. No jornalismo, só ganhei bons amigos”. E era fácil gostar do Gervásio de sorriso largo. “A vida é um sorriso, e sem sorriso a vida não vale nada. Quem não ri, vive no escuro”, disse.


Fonte: G1

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