Macklemore tempera rap de balada dançante com discurso pró-diversidade no Lollapalooza


Rapper de Seattle fez declarações de amor a São Paulo, mostrou música inédita, fez concurso de dança, trocou de figurino e falou contra homofobia no hip hop. Macklemore canta durante show no Lollapalooza 2019 Fábio Tito/G1 Vale tudo. E Macklemore atira para todo lado: vai do rap festivo e dançante ao discurso engajado que condena a homofobia no hip hop. Troca de roupa algumas vezes, se fantasia de Willy Wonka, promove concurso de dança e vai para a galera para receber o carinho da torcida (com apalpadas vigorosas e tudo mais). A inspiração deve ser show de auditório ou festa de formatura. Os destaques do show de Macklemore no Lollapalooza nesta sexta-feira (5) foram: declarações de amor a São Paulo de um artista empolgação e interativo, que canta, dança, bate palma e não quer parar; figurinos diversificados e coreografias discretas (se você pensou em Beyoncé, pensou errado, porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, mas valeu a tentativa); dois fãs chamados ao palco para mostrar habilidade no rebolado; uma música inédita nunca antes toca ao vivo (nada tão digno de nota); defesa da liberdade ("não importa a cor da sua pele, sua orientação sexual, seu passaporte"); rap acessível, com banda de sopros bem disposta, e um artista que não se leva a sério o tempo inteiro; muito empenho para fazer valer a disposição de quem estava ali abrindo mão de ver o Arctic Monkeys, principal atração da noite (até que a lotação era razoável). Macklemore canta 'Same Love' no Lollapalooza O simpático e interativo rapper de Seattle teve a dura missão de concorrer com o Arctic Monkeys, que tocava na mesma hora no palco principal. Dá para dizer que esforço da parte dele não faltou. Macklemore quis propagar o amor com frases como: "Esta é a nossa última na América do Sul. Mas acho que terminamos com a melhor. Há magia no ar". E mostrou uma inédita (o que fez mais diferença pela questão sentimental envolvida do que pela qualidade do material, reconheçamos). Populismo ou não, pouco importa, funciona até nas partes meio canastronas. Veja FOTOS de Macklemore O rap de Macklemore é um rap de fácil aceitação, e ele sabe disso. Não inventa moda, joga do certo e no fim soa honesto. Mas de nada valeria tanta sinceridade se Macklemore não tivesse tino pop. E isso ele tem. Seja nas parcerias com Ryan Lewis, que renderam vários hits e bilhões de views, seja na esperta "Willy Wonka" com seu estilo trap, o rapper se livra de ser genérico e marca gols típico de centroavante oportunista. Macklemore abre show no Lollapalooza com 'Ain't Gonna Die Tonight' Da fase Lewis, destacam-se "Thrift shop", White walls", "Same love" (aquela sobre homofobia), "And we danced", "Dance off" (momento em que ele chamou para a cena um rapaz de chapéu e uma moça, que mostrou mais conhecimento de causa no baile), "Can't hold us" (que teve a recepção mais calorosa do set) e "Downtown", a penúltima. Depois desta, Macklemore manda: "Falaram que temos de parar, porque estouramos o tempo". Geral responde com aquele "aaaaahhhh" típico de talk show quando a entrevista é boa. O cara joga para a torcida e devolve: "Não vim até aqui no Brasil para parar!". Os fãs urram, e vem o hit "Glorious". Macklemore joga água na galera durante show no Lollapalooza 2019 Fábio Tito/G1 Macklemore levanta o público do Lollapalooza com ' Thrift Shop' Macklemore Fabio Tito/G1 Macklemore canta durante show no Lollapalooza 2019 Fábio Tito/G1 Macklemore canta durante show no Lollapalooza 2019 Fábio Tito/G1 Initial plugin text


Fonte: G1

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