Irmãos suspeitos de envolvimento na 'Chacina de Baião' são mortos em confronto com a Polícia no PA


Marlon Alves e Alan Alves estavam em um esconderijo em Marabá, no sudeste do estado, quando foram cercados pelos policiais e morreram em troca de tiros, segundo a Polícia. Alan Alves e Marlon Alves são mortos em confronto com a Polícia em Marabá, no Pará. Polícia Civil Os irmãos Alan Alves e Marlon Alves foram mortos em confronto com policiais civis em Marabá nesta sexta-feira (3). Os irmãos são apontados pela Polícia como envolvidos no caso conhecido como "Chacina de Baião", que resultou na morte de seis pessoas, entre elas a liderança rural Dilma da Silva, no dia 22 de março. A ação policial fez parte da força-tarefa montada para solucionar o caso. Segundo a Polícia, o esconderijo de um dos suspeitos foi descoberto. A casa foi cercada, mas segundo a Polícia os dois reagiram e houve troca de tiros. De acordo com a Polícia, Marlon e Alan chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos. Nenhum policial foi ferido no tiroteio. Até então, foram presos o mandante do caso, o intermediário e um dos executores. Um está foragido, totalizando sete suspeitos, incluindo a mãe dos irmãos suspeitos de envolvimento no crime. A Polícia informou que as buscas pelo último envolvido, Glaucimar Francisco Alves continuam. O caso A Polícia prendeu na terça-feira (26) o fazendeiro Fernando Ferreira Rosa Filho, 43, suspeito de ser o mandante de um triplo homicídio que ocorreu em Baião, nordeste do Pará. Outras três pessoas também foram assassinadas na região dois dias depois. O fazendeiro teve o mandado de prisão temporária expedido pela Justiça e foi localizado no município de Tucuruí, sudeste do estado. Liderança rural assassinada no PA, Dilma Silva será enterrada no Maranhão As primeiras mortes ocorreram no assentamento Salvador Allende. A liderança rural Dilma Ferreira Silva, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); o esposo Claudionor Silva e um conhecido do casal, Hilton Lopes, foram encontrados mortos dentro de uma casa. As vítimas foram amarradas, amordaçadas e possivelmente esfaqueadas. Liderança morta no Pará entregou pedido de atenção a atingidos por barragens à então presidente Dilma Rousseff Reprodução / MAB De acordo com a Polícia, quatro irmãos foram apontados como executores do crime. Ainda segundo a Polícia, o fazendeiro preso também é suspeito de ser o mandante da morte de três pessoas, que tiveram os corpos carbonizados e foram encontrados dois dias depois, no dia 24 de março, a 14 km do assentamento, em uma fazenda localizada nas imediações da vicinal da Martins, zona rural de Baião. Segundo a Polícia, os mortos na fazenda seriam um casal de caseiros e um tratorista. Investigações Segundo a Polícia, Fernando Filho é o dono da fazenda onde os três funcionários foram mortos e tiveram os corpos queimados. Inicialmente, não havia ligação entre os casos e não estavam relacionados a conflitos agrários. Duas testemunhas foram ouvidas sobre as mortes no assentamento. Foi deflagrada uma operação para prender o principal suspeito do triplo homicídio. "Fernandinho", como o fazendeiro Fernando Filho é conhecido, também é acusado de crimes na região, como envolvimento com tráfico de drogas, agiotagem, receptação, roubo a banco, homicídio, tentativa de homicídio e grilagem de terras. Polícia do Pará prende fazendeiro suspeito de ser o mandante de seis assassinatos As investigações resultaram do trabalho feito por uma força-tarefa da Polícia Civil, para investigar as mortes, incluindo policiais da Delegacia-Geral, do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), Diretoria de Polícia do Interior (DPI), Divisão de Homicídios (DH), Grupo de Pronto-Emprego (GPE) e policiais da Superintendência Regional de Tucuruí, Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Tucuruí e Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca). Motivações dos crimes A Polícia coletou provas que comprovaram que "Fernandinho" é responsável pela contratação irregular de funcionários para a fazenda onde três pessoas foram mortas. As investigações concluíram que os dois casos foram cometidas pelo mesmo grupo, a mando do fazendeiro. De acordo com a polícia, Fernando mandou matar Dilma, o esposo e conhecido para ocupar uma parte das terras onde eles viviam e mandou assassinar os próprios funcionários da fazenda para evitar uma ação na Justiça do Trabalho.


Fonte: G1

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