Justiça dos EUA mantém sentença contra a Petrobras em disputa com norte-americana Vantage Drilling

Ação envolve corrupção em um contrato de serviços de perfuração, conforme revelado pela Lava Jato. A Justiça dos Estados Unidos negou um pedido da Petrobras para anular uma sentença na ação por corrupção em um contrato de serviços de perfuração movida pelas empresas norte-americanas Vantage Deepwater Company e Vantage Deepwater Drilling. A informação foi divulgada pela petroleira em comunicado nesta sexta-feira (17). As irregularidades no contrato de serviços de perfuração foram reveladas pela Operação Lava Jato. No final de 2018, a Petrobras fez uma provisão para cobrir os custos dessa disputa. O valor alcança US$ 720 milhões. Segundo a Petrobras, a decisão desta sexta "está sujeita a recurso". A empresa diz ainda que "seguirá adotando todas as medidas destinadas a resguardar os seus interesses". Sentença de 2018 Em julho do ano passado, a Petrobras perdeu um processo de US$ 622 milhões, movido pela norte-americana Vantage Drilling International. À época, o tribunal considerou que a Petrobras America (PAI) e Petrobras Venezuela Investments and Services (PVIS), subsidiárias da Petrobras, violaram um contrato de perfuração com a Vantage Deepwater. Após a sentença, a Petrobras disse que questionaria a decisão. O contrato entre as duas empresas que gerou a disputa é de 2009. Em 2015, a A Petrobras notificou a Vantage que havia encerrado o contrato, alegando que a empresa norte-americana havia violado seus termos. A Vantage, então, entrou com a ação alegando rescisão injusta. A Vantage Drilling International foi envolvida em uma denúncia em 2015 do Ministério Público Federal no Paraná, em uma investigação da Lava Jato sobre evasão de divisas decorrente de um contrato de afretamento de um navio sonda. A recisão do contrato aconteceu no mesmo ano. Segundo a acusação, em troca de dinheiro, em 2009, o ex-executivo da petroleira Jorge Zelada e o ex-diretor geral da área internacional da Petrobras Eduardo Vaz da Costa Musa favoreceram a Vantage Drilling em um contrato com várias irregularidades. Em 2016, Zelada foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Musa foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 11 anos e 8 meses de reclusão. Por causa do acordo de delação premiada, a pena foi reduzida para 10 anos. TRF-4 decide não analisar recurso do ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada contra condenação


Fonte: G1

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