Médico universitário abusou de mais de 170 alunos nos EUA, diz relatório


Richard Strauss atuava com equipes esportivas em Ohio desde 1979 só foi afastado em 1996. Ele cometeu suicídio em 2005. O médico Richard Strauss, que cometeu suicídio em 2005 Universidade Estadual de Ohio/AP Um médico das equipes esportivas da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, abusou sexualmente de pelo menos 177 estudantes entre os anos de 1979 e 1996, enquanto a instituição educacional ignorou as queixas, segundo um relatório divulgado nesta sexta-feira (17). O médico em questão, identificado como Richard Strauss, cometeu suicídio em 2005. O relatório foi preparado pelo escritório de advocacia Perkins Coie LLP e revelou que a universidade "tinha conhecimento" dos abusos sexuais cometidos por Strauss desde pelo menos 1979, mas as queixas contra ele não foram levadas em consideração até 1996. Naquele ano, ele foi afastado de suas funções como médico esportivo, embora permanecesse na folha de pagamento da universidade até sua aposentadoria em 1998. Os abusos afetaram atletas de pelo menos 15 esportes e outros estudantes atendidos por Strauss no centro de saúde da universidade ou em sua clínica fora do campus. De acordo com o relatório, os homens reclamavam que "Strauss realizava rotineiramente exames genitais excessivos e aparentemente desnecessários do ponto de vista médico, independentemente da condição médica que os estudantes-pacientes apresentavam". Os atos de abuso variaram desde tocar até o ponto de ereção ou ejaculação até os mais sutis, como pedir sob pretexto médico para os pacientes se despirem completamente, sem haver necessidade. Dos 520 ex-universitários entrevistados para o relatório, 177 admitiram ter sofrido abuso de Strauss e 38 outros disseram que tiveram uma experiência semelhante com um médico daquela universidade, mas não conseguiram identificá-lo. "Muitos dos estudantes sentiram que o comportamento de Strauss era um 'segredo aberto', acreditando que seus treinadores e outros profissionais médicos estavam totalmente cientes das atividades de Strauss, mesmo que poucos parecessem dispostos a fazer qualquer coisa para impedi-lo", indica o relatório. O presidente da universidade, Michael V. Drake, se desculpou através de uma mensagem para toda comunidade universitária "a cada um dos que sofreram os abusos de Strauss". "O fracasso de nossa instituição na época para evitar abusos foi inaceitável, assim como o esforço insuficiente para investigar exaustivamente as queixas feitas por alunos e funcionários", indicou Drake.


Fonte: G1

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