Desaparecimento de jovens na Serraria completa 1 ano; famílias cobram respostas

Eles sumiram em março de 2018 em uma mata. Até hoje não há pistas do que pode ter acontecido. Brunildo Matias Vitor Silva (à esq.), Maxsuelto Fernandes Tenório (meio) e Elton Carlos Nascimento Lino (à direita) estão desaparecidos desde março de 2018 Reprodução/TV Gazeta O desaparecimento de três jovens que sumiram em uma mata no bairro da Serraria, em Maceió, completa 1 ano neste sábado (30). Até hoje o caso não foi solucionado pela polícia e enquanto isso, familiares cobram respostas. Maxsuelto Fernandes Tenório, Brunildo Matias Vitor Silva, e Elton Carlos Nascimento Lino saíram no dia 30 de março do conjunto Selma Bandeira, no Benedito Bentes, para a mata, que fica em um parque aquático desativado. Depois disso, não deram mais notícias. "Continuamos investigando. Mandei o inquérito para a Justiça pedindo prazo e voltou com mais 60 dias de prazo. É um caso um tanto quanto complexo, mas a gente chega lá", disse o delegado Robervaldo Davino. Irmã de Elton Carlos Nascimento Lino, desaparecido há 1 ano na Serraria, cobra respostas Depois de tanto tempo, familiares tentam retomar suas vidas e apelam por respostas. Emocionada, a irmã de Elton gravou um vídeo e mandou para o G1 (veja acima). Ela quer esclarecimentos e pede por "enterro digno". Já a mãe do Brunildo, Francisca Silva, acredita que o filho ainda esteja vivo. "Até agora nada, mas acreditamos com certeza, acreditamos que ele está sim vivo. Temos esperança. Paramos de ir na delegacia, mas vamos protestar", contou. A reportagem não conseguiu localizar os parentes de Maxsuelto. Bombeiros realizaram buscas por jovens desaparecidos em uma área de mata no bairro da Serraria, em Maceió Roberta Cólen/G1 Naquela época, o Corpo de Bombeiros fez buscas na região onde eles desapareceram, mas sem sucesso. A polícia chegou a receber denúncias sobre mau cheiro, que poderia ser de cadáver, mas nada foi encontrado. Até hoje, apenas objetos pessoas das vítimas foram achados na mata. Parte de uma ossada também foi encontrada, mas a Polícia Civil ainda aguarda resultado de exames para saber se pertence a um dos jovens. "Foi encontrada parte de uma ossada na Serraria e nós enviamos para fazer os exames, e até agora não recebemos as respostas do DNA", explicou o delegado. Porém, enquanto isso não acontece, o sentimento é de revolta. "Precisamos de respostas. Foram três vidas desaparecidas e nada foi esclarecido. É muito triste ver que a vida do ser humano não significa nada. É meu irmão, pai de família. Um rapaz sem maldade alguma no coração. A família pede Justiça pelo que fizeram", falou Elaine Silva, outra irmã de Elton. Veja mais notícias da região no G1 Alagoas


Fonte: G1