Três pessoas ligadas ao ministro do Turismo são presas em investigação sobre laranjas

PF prendeu assessor especial, ex-assessor e um dos coordenadores de campanha de Marcelo Álvaro Antônio por suspeita de envolvimento em supostas candidaturas laranja. Três pessoas ligadas ao ministro do Turismo são presas em investigação sobre laranjas A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (27) três pessoas ligadas ao ministro do turismo, Marcelo Álvaro Antônio, na investigação que apura supostas candidaturas laranja do PSL em Minas Gerais. Os policiais prenderam Mateus Von Rondon, assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em um condomínio em Brasília. A empresa dele aparece na prestação de contas de candidatas do PSL mineiro, suspeitas de terem sido usadas como laranjas na última eleição. A empresa foi encerrada no dia 18 de janeiro. No interior de Minas, os agentes prenderam mais dois suspeitos de participação no esquema. Roberto Silva Soares, conhecido como Robertinho, era um dos coordenadores de campanha de Marcelo Álvaro Antônio, em 2018. Os investigadores afirmam que ele negociava devoluções de dinheiro pelas candidatas. O terceiro suspeito, Hayssander Sousa de Paula, ex-assessor de Marcelo Álvaro Antônio, se entregou à Polícia Federal em Governador Valadares. O Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal apuram o indício de fraude. A investigação apontou que um candidato não eleito gastou, em média, um real por voto. Enquanto as supostas candidatas laranja, que também não se elegeram, gastaram de R$ 80 a R$ 330 por voto. O Jornal Nacional já ouviu algumas candidatas que contaram ter recebido a proposta para devolver dinheiro do fundo partidário e não aceitaram. “Dos R$ 60 mil, eles queriam que eu passasse R$ 50 mil e ficasse com R$ 10 mil para eu fazer o que eu quisesse”, afirmou Cleuzenir Barbosa, ex-candidata a deputada estadual pelo PSL-MG. Na época, Marcelo Álvaro Antônio era o presidente do partido no estado. Não há mandados contra ele. O PSL chamou a investigação de seletiva e afirmou que todas as contas de campanha do partido foram aprovadas pelo TSE e tudo foi feito dentro da legalidade. Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que não há qualquer relação entre a investigação da Polícia Federal e as funções desempenhadas pelo assessor especial Mateus Von Rondon no Ministério do Turismo, e que aguarda mais informações para se pronunciar sobre o caso. A assessoria do ministro Marcelo Álvaro Antônio declarou que ele não é investigado e que se colocou à disposição para prestar depoimento à Polícia Federal. O Jornal Nacional não conseguiu contato com as defesas de Mateus Von Rondon, Roberto Silva Soares e Rayssander Sousa de Paula.


Fonte: G1

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