Alunos de Ibirá (SP) trocam latinhas e garrafas pets por uma moeda só deles

Projeto criou o ibirazinho real para conscientizar as crianças sobre a importância da reciclagem. E a cidade fica bem limpinha. Estudantes de Ibirá, no interior de São Paulo, estão deixando a cidade mais limpa No interior de São Paulo, as escolas municipais de Ibirá estão incentivando os alunos a deixar a cidade mais limpa. Latinhas e garrafas jogadas no chão não tem. E na lixeira? “É mais papelão. Latinha e pet as crianças estão catando bastante para levar para o projeto", disse a coletora de recicláveis Tatiane dos Santos. O projeto está mexendo com a cidade toda. Funciona assim: alunos de escolas municipais de Ibirá, no noroeste de São Paulo, trocam latinhas de alumínio e garrafas pet por algo bem valioso. É o ibirazinho real. O dinheiro só tem valor nas escolas. São notas impressas num papel diferente, com numeração e até faixa holográfica para atestar a autenticidade de cada cédula. Trinta e cinco latinhas de alumínio ou 35 garrafas pet podem ser trocadas por um ibirazinho real. Desde que o projeto foi lançado no começo de 2019, a criançada vem pra aula carregada de coisas. O Edson, de 12 anos, está rico: em apenas um dia conseguiu 12 ibirazinhos. Mas o que as crianças fazem com um dinheirinho como esse? A resposta é simples: compras. Toda escola municipal tem uma lojinha. Quem tem dinheiro compra o que quiser, por exemplo: bolinha de tênis: 1 ibirazinho real. Tem coisas mais caras também: bola de basquete, 15 ibirazinhos. A cidade de Ibirá atrai turistas do Brasil inteiro por causa de suas águas medicinais. De olho na preservação do meio ambiente, o Adriano Júnior, que é professor, foi quem teve a ideia. E olha que ele não esperava que um simples projeto fosse mudar a rotina de tanta gente. “A cidade mudou o pensamento de separação de lixo, envolveu os pais dessa criançada, isso aí eu não esperava. Está sendo uma alegria muito grande”. Além do ibirazinho real, a garotada de todas as séries tem aulas sobre meio ambiente. Sem perceber, aos poucos, eles vão ficando mais conscientes e contagiam toda a cidade. "O meio ambiente é um negócio que é nosso. A gente tem que respeitar e cuidar dele”, afirma um aluno.


Fonte: G1

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