No Rio, 13 são presos suspeitos de financiar imóveis em áreas de proteção ambiental

São prédios residenciais e comerciais e até shopping erguidos na Zona Oeste em parceria com a milícia. Há três meses, 24 pessoas morreram no desabamento de dois prédios. Operação do MP prende 13 suspeitos de financiar e construir imóveis irregulares no Rio Uma operação do Ministério Público do Rio prendeu 13 suspeitos de financiar e construir imóveis irregulares em áreas de proteção ambiental da cidade. Os presos da organização criminosa são acusados de investir quantias milionárias para financiar obras irregulares na Zona Oeste do Rio. São prédios residenciais e comerciais e até um shopping erguidos em parceria com a milícia. Pelas imagens de satélite, ao longo dos últimos cinco anos, é possível acompanhar a devastação da Mata Atlântica e o avanço das construções ilegais, na comunidade da Muzema. Nessa mesma região, 24 pessoas morreram no desabamento de dois prédios há três meses. Na ação desta terça-feira (16), a polícia prendeu empresários, corretores de imóveis e investidores. O empresário Bruno Cancella era um dos principais alvos da operação. Bruno Pupe Cancella foi preso em casa, num prédio na Zona Oeste do Rio. Segundo o Ministério Público, o empresário lucrou cerca de R$ 25 milhões em quatro anos, investindo, construindo e vendendo imóveis em áreas irregulares e dominadas pela milícia no Rio. A polícia conseguiu gravar uma conversa entre Bruno e Leonardo Igrejas, apontado como investidor da organização criminosa, que também foi preso nesta terça. Eles demonstram certeza do lucro fácil com a venda dos imóveis. Bruno: Daqui a três ou quatro meses eu vendo os três prédios. Leonardo: Entendi, tu acha, chefe? Bruno: Eu acho não, eu tenho certeza, chefe. O Ministério Público investiga se a mulher de Bruno, Letícia Cancela, que é funcionária da prefeitura, facilitava o processo de regularização dando uma aparente legalidade aos imóveis. “Mostra a corrupção dos agentes públicos, que deixam de fiscalizar eficientemente e também a omissão das pessoas responsáveis que deixaram aquilo acontecer, aquilo se consolidar. Isso é inadmissível”, disse o promotor de Justiça Plínio Araújo. A defesa de Bruno Cancella disse que ainda está se informando sobre o processo. A mulher dele, Letícia Cancella, ainda não tem advogado constituído. Em nota, a Secretaria Municipal de Fazenda declarou que está à disposição do Ministério Público para colaborar - e que aguarda mais informações para abrir uma sindicância administrativa sobre o caso da funcionária Letícia Cancella. O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa de Leonardo Igrejas.


Fonte: G1

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