'Biojoias' produzidas com sementes, fibras, cascas e chifres bovinos são expostas na Fenearte
Peças são criadas a partir de diversas técnicas, buscando sustentabilidade. Feira, em Olinda, tem artigos como brincos, colares e anéis feitos com matérias-primas orgânicas. Acessórios produzidos com matéria-prima orgânica são vendidos na Fenearte Penélope Araújo/G1 Acessórios produzidos com matérias-primas orgânicas ganham cada vez mais espaço na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte). Nesta 20ª edição, diversos artesãos e designers levaram para o evento, em Olinda, peças feitas com sementes, fibras e até ossos e chifres bovinos. A artesã Alda Assis, de Goiânia (GO), levou as 'biojoias' para a Fenearte pela segunda vez. Criada para garantir a renda própria, logo após o divórcio de um relacionamento abusivo, sua marca, Filhas de Maria, tem artigos feitos com diversos materiais. Artesã de Goiânia (GO) criou marca de biojoias para garantir renda própria Penélope Araújo/G1 “Uso qualquer matéria-prima orgânica: sementes, osso, chifres, bambu, raízes. Pego esse material na natureza e faço todo o trabalho de lixar, cortar, polir, montar”, enumera a artesã. Em seguida, as pequenas partes são reunidas e se transformam em peças coloridas e em diversos formatos, que estão à venda na Fenearte, custando entre R$ 15 e R$ 190. O artesão Daniel Locatelli também levou as peças da sua marca, Palmeiral Arte Sustentável, para a feira. Os produtos, que vão de 'biojoias' a luminárias e cortinas, são feitos a partir do coco verde coletado nas praias de Ipojuca, no Grande Recife. “A gente mesmo é que pega o coco. É preciso deixar ele secar por cerca de três dias, para poder passar pelas etapas seguintes da produção, que são lixar, cortar e tingir”, explica Locatelli. Com peças de coco, Daniel Locatelli busca movimentar economia local, em Ipojuca Penélope Araújo/G1 A criação dos acessórios movimenta uma cadeia local de artesãos: enquanto ele e a esposa cuidam da pré-produção e da venda das peças pela internet, a montagem é feita por pessoas que moram em engenhos na área da Praia de Porto de Galinhas. “Temos essa preocupação de ser sustentáveis não só na parte das peças, mas na economia local”, afirma o artesão. As "biojoias" custam entre R$ 15 e R$ 150. A preocupação com a sustentabilidade e a economia local também está presente nas peças da artesã Patrícia Moura. A alagoana que mora no Recife confecciona acessórios a partir de diversos materiais, cada um deles com uma história diferente. Peças da artesã Patrícia Moura são de diversos materiais, como a casca de canoinha, que vem de um cipó típico do cerrado Penélope Araújo/G1 “Os ossos que utilizo para os pingentes dos colares são, na verdade, os resíduos da indústria alimentícia. O sisal que utilizo é produzido por uma família inteira, no interior da Bahia. São várias pequenas cadeias locais, criando um negócio sustentável. E, no fim, crio peças com uma identidade minha muito forte”, destaca Patrícia. Os produtos, feitos também com fibras, conchas, pedras semipreciosas e sementes, vão de R$ 18 a R$ 148, e são vendidas no Recife e exportadas para países da Europa, Ásia e América do Norte. A Fenearte segue até o próximo domingo (14), funcionando das 14h às 22h, nos dias úteis, e das 10h às 22h, nos fins de semana. De segunda a sexta, a entrada custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). No fim de semana, os ingressos custam R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Os tíquetes são vendidos pela internet, em pontos descentralizados e na bilheteria do evento. Initial plugin text
Fonte: G1
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