Voluntários dedicam tempo e esforço para construir casas a quem precisa
Iniciativa é de organização internacional, sustentada por doações e apoio de empresas privadas, que vai entregar 140 casas, em cinco estados, até o fim de julho. Voluntários constroem casas para moradores de comunidades Um grupo de voluntários tem dedicado tempo e esforço para oferecer condições melhores de moradia a quem precisa de ajuda. Trabalho de inverno. Entre centenas de voluntários, maioria de estudantes. A missão: substituir habitações precárias, em favelas, por casinhas pré-fabricadas. É trabalho duro, a partir do chão batido. “Eu dou tempo, eu dou meu esforço físico, eu dou meu emocional tudo, a gente sai daqui com a cabeça transformada, eu me dou inteira aqui. É uma experiência incrível”, diz Marilia Paixão, engenheira e voluntária. Quem vai ser beneficiado elogia a força das moças. “Estão aí com nós porque são guerreiras, batalham de igual para igual, não tem diferença”, diz o morador Michael Nardelli. Até chegar ao telhado, são dois dias de serviço. A diferença entre as moradias antigas e as novas é muito grande. Para começar, as casas novas são suspensas. O piso não tem contato com o solo, com a umidade, com o frio, as paredes são madeira, mas de madeira tratada com peças pré-moldadas, sem frestas. Assim como o teto que tem inclusive uma manta térmica, também para prevenir contra o frio. No total são 18 metros quadrados, não é muito, mas faz muita diferença principalmente pela qualidade total da casa. Só quem morava em outras condições pode falar bem sobre isso. “A minha casa antiga entrava muita friagem, tinha muitas brechas, quando chovia alagava, ficava cheio até o joelho quase. Agora é muito diferente, muito melhor do que eu imaginava. Vou arrumar tudo, já comprei as tintas, só falta agora meu marido pintar", conta a moradora Talia Araújo. O Michael também estava animado, fazendo a instalação elétrica da casa nova. “A gente fica empolgado de fazer, fica empolgado para terminar, fica empolgado para mudar”. “É uma moradia emergencial, não é para ser definitiva, é um passo para que o morador saia de uma situação que hoje é urgente”, explicou a engenheira civil Taline Oliveira. A urgência e a vontade de botar a mão na massa contam na escolha das famílias. A iniciativa é de uma organização internacional, sustentada por doações e apoio de empresas privadas. Até o fim de julho, ela vai entregar 140 casas, em cinco estados brasileiros. Uma delas, a da dona Roberta, será a de número 4.000 em toda a América Latina. A obra nem começou, mas a mudança já aconteceu. “Para mim, estão nascendo novas esperanças, novos sonhos, a minha identidade está sendo renovada, então, para mim, é muita coisa”, declarou a babá Roberta de Oliveira.
Fonte: G1
Fonte: G1
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