Bombeiros da BA resgatam moradores isolados pela cheia do Rio do Peixe

Rompimento de três barragens elevou o nível do rio causando transtornos nas cidades de Pedro Alexandre e Coronel João de Sá. A Defesa Civil da Bahia descartou risco de rompimento de mais uma barragem na região que foi castigada pelo acidente com outras três estruturas na quinta-feira (11). E com o tempo mais firme também ganhou fôlego neste sábado (13) o trabalho das equipes de resgate que buscam moradores isolados. A quadra da cidade virou pista de pouso para o helicóptero da Polícia Militar e os bombeiros estavam a postos para socorrer a passageira, que não estava sozinha: Ramona está grávida de nove meses. Ela estava com dor e sentindo contrações. As contrações não quiseram esperar baixar a água, que isolou a casa dela, numa comunidade em Pedro Alexandre. Foi por causa do rompimento de três barragens, na quinta-feira (11). O nível do Rio do Peixe, que corta a região, subiu muito. Desde então, bombeiros e homens da Defesa Civil vistoriam outras barragens e, neste sábado (13), descartaram o risco de rompimento de mais uma, a de Boa Sorte, de onde 80 famílias foram retiradas na sexta-feira (12). Na cidade de Coronel João de Sá, 30 casas foram interditadas. Os desabrigados estão em prédios públicos e a circulação dos moradores continua prejudicada. A ponte que liga o centro aos povoados da zona rural voltou a ser interditada na manhã deste sábado. “A água subiu e cobriu a ponte, não pode passar ninguém porque corre o risco de desmoronar, o risco de cair. Até que a água baixe um pouco mais, para a gente analisar novamente a estrutura da ponte, para ver se tem segurança de os senhores passarem”, disse o bombeiro. Quando a água baixou, cinco horas depois, o tráfego foi liberado aos poucos. A variação do nível do rio é por causa de um trabalho que vem sendo feito pelos bombeiros em quatro barragens da região. Uma delas é a barragem das Três Pernas. Quando o volume de água da barragem aumenta, os bombeiros também aumentam a abertura lateral para escoar o excesso de água. A água vai para o Rio do Peixe. Se o volume da barragem diminui, a abertura também é diminuída. “O cuidado é exatamente porque, se o volume aumentar demais, pode forçar o talude e ter problema na barragem. Da mesma forma, se a gente abrir demais, tem muita água chegando no Rio do Peixe da cidade e trazer problemas”, explica o coronel Francisco Telles, comandante-geral do Corpo de Bombeiros. Foi um alívio para o agricultor José Adriano dos Santos, que mora a 60 metros da barragem. “A gente se preocupa também com os vizinhos e a água aqui, eu sei que se chegasse a estourar, ia prejudicar a cidade como a outra prejudicou. Então a gente fica mais bem respirando aliviado”.


Fonte: G1

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