Bolsonaro sugere que Supremo poderia ter um ministro evangélico
Dois ministros do STF reagiram às declarações do presidente, que participou da convenção nacional das Assembleias de Deus. Bolsonaro sugere que Supremo poderia ter um ministro evangélico O presidente Jair Bolsonaro participou, nesta sexta-feira (31), em Goiânia, da convenção nacional das Assembleias de Deus. O presidente mencionou o julgamento do Supremo Tribunal Federal em que seis dos onze ministros votaram a favor de incluir a homofobia e a transfobia na lei que define o crime de racismo. O julgamento deve ser retomado nas próximas semanas. O presidente Bolsonaro defendeu a presença de um ministro evangélico no Supremo. “Desculpe aqui o Supremo Tribunal Federal, que eu respeito e jamais atacaria um outro Poder. Mas, pelo que me parece, estão legislando. E eu pergunto aos senhores: o Estado é laico, mas eu sou cristão. Então, com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto-lhes: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico? Cristão assumido? Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos. Um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um ministro no Supremo Tribunal Federal evangélico?”, questionou o presidente Jair Bolsonaro. Dois ministros do Supremo reagiram às declarações do presidente. O ministro Marco Aurélio disse que a democracia assegura a liberdade de expressão, mas destacou que o estado é laico e que o Supremo não poderia ser formado segundo critérios religiosos. O ministro Alexandre de Moraes disse que o presidente tem o direito constitucional de escolher ministros do Supremo e que cabe ao Senado aprovar a escolha. Sobre a acusação de que a corte estaria legislando na questão da homofobia, Alexandre de Moraes disse que não há nada que legislar. Segundo ele, o Supremo está aplicando a Constituição, que é protetiva das minorias.
Fonte: G1
Fonte: G1
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