Protesto de esposas de PMs chega ao quarto dia; mais dois municípios do estado registram manifestações
Governador Helder Barbalho e familiares não entraram em acordo após reunião realizada na noite desta quarta (29). Além de Belém, Ananindeua teve batalhão ocupado e Castanhal apenas protestos. Mulheres de PMs protestam para pedir melhores condições de trabalho para maridos O protesto de familiares e esposas de Policiais Militares em Belém entrou no quarto dia nesta quinta-feira (30). Após reunião na noite da última quarta-feira (29) com o governador do estado, Helder Barbalho, as manifestantes permaneceram ocupando o 2º Batalhão da PM na avenida Assis de Vasconcelos, no centro da cidade. O protesto se estendeu por mais dois municípios do estado: Ananindeua e Castanhal. Ainda na noite de quarta (29), dezenas de mulheres invadiram o 6º Batalhão da PM da região metropolitana que fica em Ananindeua. Elas furaram pneus de viaturas e trancaram os portões, impedindo os militares de dentro do quartel a saírem para as ruas. Já na manhã desta quinta (30) outro grupo de esposas fez um protesto no 5º Batalhão da PM de Castanhal. As manifestantes também furaram pneus de viaturas e levaram cartazes pedindo melhores condições de trabalho e segurança para os policiais. Familiares de policiais fecham avenida pedindo mais segurança ao PMs. Mario Carvalho / TV Liberal De acordo com uma das manifestantes, que não quis se identificar, o batalhão de Belém voltou a ser ocupado depois da reunião com o governador, pois as exigências feitas pelo Estado eram contrárias as ideias do movimento. "A reunião foi marcada, mas o governo disse que só ia atender a gente se fosse liberado o 2º Batalhão da PM. A nossa proposta é que o governador sente conosco para que assim possamos liberar", declarou. Porém, de acordo com o PM Dilson Júnior, comandante da polícia militar, o movimento quebrou um acordo feito com um Estado durante a reunião e por isso o governador decidiu encerrar as conversas temporariamente. "Ontem o governador foi tentar entrar em um acordo conosco. O trato foi o seguinte: ao iniciarmos a reunião, as esposas deveriam desocupar o batalhão, ou permitir que as os policiais saíssem para o trabalho. Elas liberaram os portões, mas quando estávamos discutindo a primeira pauta, houve uma ordem de dentro do quartel, desobedecendo a liderança das esposas, para que o batalhão fosse novamente fechado. Com isso o governador encerrou a reunião", afirmou. Segundo ele, há uma nova reunião marcada para próxima sexta-feira (31), quando o governador retornar de um compromisso no interior. "A gente espera que a liderança da associação seja respeitada e que nós possamos entrar em um acordo. O governo está sempre aberto ao diálogo. A gente identifica que são algumas lideranças dentro do movimento que não querem chegar a um acordo", afirmou. Em nota, o Governo do Estado informou que o policiamento na área não foi prejudicado pelo protesto. Seis viaturas do Comando de Missões Especiais e do Comando de Policiamento Especializado suprem as rondas e garantem um efetivo ainda maior do que o empregado rotineiramente pelo 2º Batalhão. Além disso, o Governo afirmou que insiste em manter o canal de diálogo aberto a fim de expor e construir medidas para melhorar as condições de trabalho e bem estar dos policiais, desde que as esposas cumpram com o acordado e permita que os policiais voltem a exercer as suas funções, de servir e proteger a sociedade.
Fonte: G1 Pará
Comentários
Postar um comentário