Áreas de reserva indígena estão sendo desmatadas por garimpos de extração de ouro em Ourilândia do Norte

Segundo o ICMBio, o mercúrio, substancia usada para facilitar a extração do material, estaria contaminando os rios da região. Uso de mercúrio causa morte em Ourilândia do Norte A concentração de garimpos irregulares dentro da reserva indígena Kayapó, em Ourilândia do Norte, sudeste do Pará, tem causado problemas ambientais no rio Branco, que banha a região. De acordo com indígenas, a água do rio está contaminada, o que prejudica a alimentação da comunidade. Segundo o ICMBio, o mercúrio, substancia usada para facilitar a extração do ouro, é o principal agente contaminador. "É uma degradação irreparável. O uso do mercúrio na contaminação dos rios da região tem afetado muito as comunidades ribeirinhas que trabalham e estão se cercando da utilização desse rio, seja pra se alimentar, seja para beber água. Isso é um grave dano ambiental que a gente tem comprovado nos rios da região", afirmou o coordenador de proteção de unidades de conservação o ICMBio, Victor Garcia. Segundo ele, a maioria dos garimpos que estão dentro da terra indígena estão em plena atividade desde 2014 e funcionam sem liberação ambiental. "Não existe uma pesquisa de impacto ambiental. O garimpo se estabelece pelo território, com equipamento específicos, fazem a busca do ouro sem conhecimento. Quando eles percebem que não encontram a quantidade do ouro desejada eles abandonam o território e partem em busca de outro", explicou. A implantação de garimpos sem licença do ICMBio foi alvo de um pedido do Ministério Público Federal (MPF) à Justiça. Segundo o órgão, a Agencia Nacional de Mineração (ANM) estaria emitindo licenças de forma irregular, utilizando apenas autorizações fornecidas por secretarias municipais de Meio Ambiente. Um levantamento feito MPF aponta que Florestas Nacionais no sudoeste do Pará também estão sendo alvos de garimpos ilegais. De acordo com moradores de Ourilândia do Norte, a produção de ouro nos garimpos chega aos 10 kg por dia. Todo esse material seria comercializado dentro da própria cidade. Na cidade é comum encontrar carros que fazem o transporte improvisado de óleo diesel até os pontos de extração de ouro.


Fonte: G1 Pará

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