Policiais Militares são presos por envolvimento na Chacina do Guamá


Um PM foi preso nesta sexta-feira (24) e um segundo se entregou. Justiça emitiu mandado de prisão para outros dois agentes de segurança pública e também para um quinto suspeito. Além deles, três pessoas já haviam sido presas por participação no crime. Policiais militares estão envolvidos na chacina do Guamá, em Belém G1 Pará A Polícia prendeu nesta sexta-feira (24) o cabo Wellington Almeida Oliveira da Polícia Militar suspeito de envolvimento na Chacina do bairro do Guamá, que deixou 11 vítimas no último domingo (19). Logo depois, um outro PM, o cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva, se entregou à Polícia. Em coletiva de imprensa, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), disse que há mandados de prisão contra oito pessoas envolvidas no crime. Três delas estão foragidas. De acordo com a Segup, há duas linhas de investigação e em dez dias o inquérito deve ser concluído, mas o motivo para o crime ainda não será divulgado. Ainda segundo a Segup, a prisão dos foragidos deve ser fundamental para saber quem participou diretamente ou não da chacina. “No total foram identificados ao menos oito envolvidos, dos quais quatro são civis; destes três estão presos; e ainda há quatro policiais militares, sendo três da ativa e um da reserva; destes um está preso”, informou Uálame Machado, à frente da Segup. A Polícia já sabe que o grupo é suspeito de praticar outros crimes na Região Metropolitana de Belém, mas ainda não está claro qual o envolvimento de cada um no crime, o que quer dizer que ainda podem haver mais pessoas envolvidas. “Nem todos tiveram participação na ação, mas na logística, no planejamento. Porém todos tiveram alguma relação com o crime”, explicou o secretário de segurança do Pará. Veja quem são os suspeitos de envolvimento na Chacina do Guamá Cabo Leonardo Fernandes de Lima Cabo José Maria da Silva Noronha Cabo Pedro Josimar Nogueira da Silva (Preso) Cabo Wellington Almeida Oliveira (Preso) Edivaldo dos Santos Santana (Preso) Aguinaldo Torres Pinto (Preso) Jaysson Costa Serra (Preso) “Diel” Polícia investiga participação de mais um suspeito preso na chacina do Guamá Investigação O delegado geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira, informou que mais de 30 pessoas já foram ouvidas no inquérito e que as investigações usam várias técnicas para analisar os casos. “Trabalhamos após o crime, somos a polícia judiciária. É um quebra-cabeças que está sendo montado com vários depoimentos, várias técnicas de investigação que nos permitem chegar sem sombra de dúvidas aos autores deste crime”, assegurou. Ele também reforçou a agilidade das investigações. “É uma questão de tempo até chegar nos autores imediatos, que praticaram o fato”. Edivaldo dos Santos Santana e Aguinaldo Torres Pinto foram flagrados desmontando um carro que teria sido usado na chegada e fuga dos criminosos no dia da Chacina. Edivaldo trabalhava como porteiro em uma escola pública de Belém e negou envolvimento com o crime. Edivaldo dos Santos Santana foi flagrado em uma oficina com um carro que teria sido usado no crime. Ele era porteiro de uma escola pública. Ascom/PC Em relação a prisão do dono de uma padaria nesta quinta-feira (23), o delegado geral da Policia Civil explicou que Jaysson Costa Serra foi preso por porte ilegal de arma, mas que é suspeito de ter relação com a Chacina do Guamá, pois, os executores do crime teriam se reunido na padaria antes de ir até a Passagem Jambu. Durante a revista, foi encontrada com ele uma pistola .380. Por isso, “ele foi preso em flagrante porque tinha o registro e não o porte para utilização [da arma]. [No local do crime] a Perícia conseguiu apreendeu estojos de pistola, então vamos fazer a comparação balística para ver se efetivamente esta arma fora usada no crime”, detalhou Alberto Teixeira. Mas até o momento o motivo do crime ainda não foi divulgado. Em relação à motivação, “há várias vertentes e situações. É prematuro ainda neste momento afirmar que o crime ocorreu por esse ou aquele motivo”. Contrariando informações que chegaram a ser divulgadas no dia do crime, o Comandante Geral da Polícia Militar, Dilson Júnior, negou que o local do crime fosse conhecido como ponto de venda de drogas. Chacina em Belém - Local: crime ocorreu em bar no Guamá, bairro da periferia de Belém. Arte: G1


Fonte: G1 Pará

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