Maioria das vítimas da Chacina do Guamá não tinha antecedentes criminais


Três pessoas que morreram no local respondiam por crimes que variam de poluição sonora, à abandono de incapaz e tentativa de estelionato. Polícia pede que população ajude nas investigações repassando informações pelo 180, mesmo que seja de forma anônima. Oitenta pessoas estavam no Wanda's Bar quando sete homens entraram atirando. Onze pessoas morreram na chacina. Reprodução / TV Liberal De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), entre as 11 vítimas fatais da Chacina que aconteceu no bairro do Guamá, no último domingo (19), três tinham antecedentes criminais e nenhuma delas respondia por crimes ligados ao tráfico de drogas. Cerca de 80 pessoas participavam de uma festa quando sete homens encapuzados chegaram ao local em um automóvel e três motocicletas e dispararam vários tiros dentro do "Wanda's Bar". Testemunhas pularam do segundo andar, mas 11 pessoas morreram no local. Uma 12ª vítima está internada em estado grave e sob proteção da Justiça. Negando algumas informações que chegaram a ser divulgadas no dia do crime, o Comandante Geral da Polícia Militar, Dilson Júnior, negou que o local do crime fosse conhecido como ponto de venda de drogas. Veja os crimes das vítimas da chacina: Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro: A dona do bar foi uma das vítimas da chacina Reprodução/TV Liberal Respondeu a processos por poluição sonora junto à Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema) e por crime contra relações de consumo. Flávia Teles Farias da Silva: Flávia foi uma das vítimas da chacina do Guamá, em Belém Arquivo pessoal Foi denunciada por abandono de incapaz. Alex Rubens Roque Silva: Suspeito de tentativa de estelionato e porte de documento falso. Chacina vitimou 11 pessoas que participavam de uma festa no bairro do Guamá, em Belém. Reprodução/ TV Liberal Investigações Polícia continuam investiação cinco dias após a chacina no Guamá O delegado geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira, informou que mais de 30 pessoas já foram ouvidas no inquérito e que as investigações usam várias técnicas para analisar os casos. “Trabalhamos após o crime, somos a polícia judiciária. É um quebra-cabeças que está sendo montado com vários depoimentos, várias técnicas de investigação que nos permitem chegar sem sombra de dúvidas aos autores deste crime. Tenho plena convicção que vamos identificar e responsabilizar criminalmente todos os envolvidos”, assegurou. Ele também reforçou a agilidade das investigações. “A resposta do Estado tem sido imediata a esses crimes. Em 48h do fato duas prisões relevantes e mais uma terceira em seguida. É uma questão de tempo até chegar nos autores imediatos, que praticaram o fato”. Um dos primeiros presos trabalhava como porteiro em uma escola pública de Belém. Edivaldo dos Santos Santana e Aguinaldo Torres Pinto foram flagrados desmontando um carro que teria sido usado na chegada e fuga dos criminosos no dia da Chacina. Em relação a prisão do dono de uma padaria nesta quinta-feira (23), o delegado geral da Policia Civil explicou que Jaysson Costa Serra foi preso por porte ilegal de arma, mas que é suspeito de ter relação com a Chacina do Guamá, pois, os executores do crime teriam se reunido na padaria antes de ir até a Passagem Jambu. Durante a revista, foi encontrada com ele uma pistola .380. Por isso, “ele foi preso em flagrante porque tinha o registro e não o porte para utilização [da arma]. [No local do crime] a Perícia conseguiu apreendeu estojos de pistola, então vamos fazer a comparação balística para ver se efetivamente esta arma fora usada no crime”, detalhou Alberto Teixeira. Mas até o momento o motivo do crime ainda não foi divulgado. Em relação à motivação, “há várias vertentes e situações. É prematuro ainda neste momento afirmar que o crime ocorreu por esse ou aquele motivo”. Polícia investiga participação de mais um suspeito preso na chacina do Guamá População têm ajudado O delegado geral também ressalta o papel fundamental que o Disque Denúncia tem nas investigações. Ele “tem sido de grande valia para as polícias civil e militar. Recebemos uma série de informações que foram úteis e conclamamos à sociedade que continuem usando o 181 que ajuda a segurança pública a resolver esses crimes que chocam a sociedade”. Ainda de acordo com a Polícia, todas as informações recebidas pelo Disque Denúncia são analisadas e, depois, confrontadas com dados das investigações para verificar se podem e como podem ser usadas. Chacina em Belém - Local: crime ocorreu em bar no Guamá, bairro da periferia de Belém. Arte: G1


Fonte: G1 Pará

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