Conheça a jovem de 27 anos que deve ser a primeira fundadora de um unicórnio na Índia

Ankiti Bose, fundadora da Zilingo (Foto: Reprodução/Zilingo)

Aos 27 anos de idade, a indiana Ankiti Bose está prestes a fazer história. Ela pode se tornar a primeira mulher a fundar um unicórnio, startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão, na Índia. Ankiti deve chegar lá por conta do e-commerce de moda Zilingo, fundado há apenas quatro anos pela empresária. De 2015 para cá, viu sua paixão pelo mundo fashion se transformar em uma plataforma com mais de 7 milhões de usuários ativos – e um valuation (termo para a avaliação do valor de mercad) de US$ 970 milhões. Agora, espera pacientemente o selo de unicórnio chegar.

Em entrevista à CNBC, Ankiti falou sobre sua trajetória, que começou em 2014, numa viagem à Tailândia com as amigas. Na época, a jovem foi a Bangkok com o objetivo de fazer compras no mercado de Chatuchak, um dos maiores mercados abertos de roupa do mundo. Estima-se que pelo menos 11 mil comerciantes independentes trabalhem por lá. Em meio a tantas opções, teve um insight.

“Eu fiquei: ‘nossa, tudo isso deveria estar disponível na internet!’. Mas eles não sabiam como fazer isso. E foi aí que a minha chave virou”, diz. Na época, Ankiti trabalhava para a sede indiana da Sequoia Capital, um dos maiores fundos de venture capital do mundo. No seu trabalho, ela acompanhava o crescimento de gigantes como Amazon e Alibaba, e sentia falta de um player forte no seu país.

Pensando nisso, criouum marketplace para agregar comerciantes independentes do sudoeste da Ásia e ajudá-los a vender online. A Zilingo funciona como um e-commerce tradicional, com a diferença de que cada vendedor passa por um processo de avaliação antes de ser aprovado. Métricas como valor das peças e origem da matéria-prima são levados em conta na tomada de decisão. Se aprovados, os vendedores ganham acesso a serviços como suporte técnico, financiamento para expansão e seguro contra fraudes.

“Eram os pequenos comerciantes contra as grandes marcas e as gigantes de tecnologia. Eu pensei que poderia ajudá-los a crescer e escalar junto com eles”, diz. Parar tirar a ideia do papel, contou a ideia ao colega Dhruv Kapoor e o convenceu a ajudá-la a desenvolver o seu site. Juntos, desembolsaram US$ 60 mil (R$ 240 mil) e colocaram a Zilingo em operação.

Equipe da Zilingo, startup de moda da Índia (Foto: Reprodução/Zilingo)

 

 

O segundo passo foi correr atrás de fornecedores. Para isso, viajou pela Índia e países vizinhos. Depois de um tempo, conseguiu convence-los a embarcar na ideia. Outro fator que também ajudou a Zilingo a escalar foi o aporte de investidores no negócio, incluindo até mesmo a própria Sequoia Capital. Desde o início do negócio, Ankiti já arrecadou mais de US$ 300 milhões (R$ 1,2 bilhão) para o negócio.

Momento atual
Agora, a companhia já conta com 27 mil fornecedores, cadastrados na plataforma. Ao todo, 500 funcionários trabalham na Zilingo, espalhados em escritórios em oito países, incluindo Estados Unidos, Austrália e Hong Kong. Na visão Alison Eskesen, em entrevista à CNBC, a história de Ankiti é uma inspiração para outras mulheres. “Criar um unicórnio é impressionante. A conquista dela é um marco para as empreendedoras e servirá de exemplo para uma geração de jovens mulheres pelo mundo”, afirmou.

Para Ankiti, o importante é dar sequência ao seu negócio. “Tento não dar tanta importância ao glamour do termo ‘unicórnio’. Mas acho importante ver o resultado conquistado pelo nosso time. Mostra que podemos pensar de maneira grande e audaciosa”, diz.




Fonte: Globo

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