Genro de Arcanjo que está preso suspeito de integrar facção criminosa que disputa "jogo do bicho" em MT presta depoimento
Outros seis envolvidos também foram ouvidos nesta segunda-feira. Giovanni Zem Rodrigues foi preso pela Polícia Federal (PF) ao desembarcar em Guarulhos (SP) Polícia Federal Giovanni Zem Rodrigues, genro do "comendador" Arcanjo, prestou depoimento, nesta terça-feira (4), em Cuiabá. Ele é um dos presos na Operação Mantus, que investiga crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, além da disputa pelo comando do jogo do bicho no estado. Arcanjo Ribeiro, que também foi preso durante a operação ainda não prestou depoimento. Ao todo, seis presos foram ouvidos hoje. Além de Giovanni, Mariano Oliveira também foi ouvido. Ele é acusado de comandar o jogo do bicho na região norte do estado. Segundo a polícia, os dois usaram o direto de permanecerem calados. De acordo com os delegados que acompanham o caso, eles não colaboraram com as investigações. Até a próxima quinta-feira (6), a polícia deve ouvir os outros presos. A previsão é de que, na sexta-feira (7), a polícia apresente relatório final do inquérito. Pelo menos 30 pessoas devem ser indiciadas. João Arcanjo Ribeiro no momento em que foi preso na casa dele. Polícia Civil Operação Mantus A Operação Mantus foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz) e pela GCCO. As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado. Além da organização chefiada por Arcanjo, outro grupo criminoso liderado pelo empresário Frederico Muller Coutinho era investigado. Ele também é alvo da operação, mas não há informações se já foi preso ou não. O advogado de Frederico, Adriano Coutinho de Aquino, disse que ainda não está inteirado sobre a prisão e só vai se pronunciar após ter acesso aos autos. As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho em Mato Grosso e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Prisão Arcanjo foi preso na casa dele, no Bairro Boa Esperança, em Cuiabá. Segundo o delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), ele recebeu as equipes policiais 'com cordialidade e demonstrou que sabia da prisão'. Mais de R$ 200 mil foram encontrados na casa dele durante a prisão dele. Em 2002, ele foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. Desde fevereiro, ele estava no regime semiaberto.
Fonte: G1
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