Investimento de R$ 7 milhões prevê otimizar produção de açaí, castanha e pescado no AP
Recurso federal será destinado modernizar processos produtivos de cooperativas locais. Laçamento ocorreu nesta sexta-feira (7). Com investimento de R$ 7 milhões, projeto promete baratear açaí, castanha e pescado no AP MedioTec/Divulgação Nesta sexta-feira (7) foi lançado em Macapá o projeto Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) que busca modernizar, com novas máquinas e técnicas, o processo produtivo do açaí, castanha do pará e do pescado no Amapá. Serão R$ 7 milhões investidos pelo Governo Federal nas cooperativas locais, com objetivo também de baratear o preço desses produtos no mercado estadual. "O resultado dessa modernização vai ser o produto mais barato. Hoje a gente consome por mais de R$ 100 o quilo da castanha do Brasil e ela é produzida a um custo de R$ 26 em Laranjal do Jari. Ela sai do Amapá por conta de imposto mais barato fora e retorna mais caro para gente. Isso é inconcebível. Queremos que isso acabe", afirmou Gilcimar Pureza, presidente da Organização de Cooperativas do Amapá (OCB/AP). A atualização prevista para o processo de colheita consiste em instalar nas cooperativas máquinas e equipamentos que ofereçam maior tecnologia à cadeia produtiva local, deixando as técnicas artesanais. "Vou dar um exemplo: em Laranjal do Jari se produz uma quantidade pequena de amêndoa porque é um processo ainda todo artesanal do processamento, seja na secagem, quanto no armazenamento e descascamento. Agora a gente vai implementar equipamentos para acelerar esse trabalho", completou Pureza. CVTs serão implantadas em Macapá, Santana e Laranjal do Jari Victor Vidigal/G1 As CVTs são unidades públicas e comunitárias de ensino de teorias, técnicas e práticas relacionadas com a modernização da produção local. Cerca de 15 cooperativas, divididas em três consórcios (um de cada produto), irão ter CVTs para realização de cursos de capacitação. Ao todo, de acordo com a OCB, mais de três mil famílias serão beneficiadas, no oeste e sul do Amapá, além das ilhas do Pará. Entre elas, a da produtora Nilba Fonseca, de 43 anos, que planeja profissionalizar ainda mais o negócio de venda dos derivados de castanha. "É a chance da gente ganhar um dinheiro a mais. Com esse projeto vamos ter um equipamento para triturar a castanha, que é um pedido de muitos empresários que vão até nós e também para gerenciar nossos produtos, colocando data de validade", disse ela, que veio da localidade de Água Branca do Cajari, em Laranjal do Jari. Produtora Nilba Fonseca, de 43 anos, vende seus produtos durante lançamento de projeto Victor Vidigal/G1 Do valor total do investimento, R$ 4 milhões vão ser destinados para o incentivo de pesquisas e inovações nas cooperativas. O restante será para aquisição do maquinário. As capacitações serão repassadas por pesquisadores e bolsistas da Universidade Federal Fluminense (UFF) e das outras instituições de pesquisa do estado, com o intuito de modernizar a produção artesanal que atualmente é a mais utilizada por produtores locais. "A ideia é que a gente possa trabalhar com as comunidades tradicionais e possamos ao mesmo tempo incrementar a cadeia e dinamizar o conhecimento trazendo pescadores e extrativistas para dentro dessa rede de conhecimento", pontuou André Brandão, professor da UFF. O CVT do pescado será instalado em Santana, o do açaí em Macapá e o da castanha em Laranjal do Jari. A previsão é até no final do ano, prevê Brandão. Todo o recurso para implementação das unidades é oriundo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. André Brandão, professor da UFF Rede Amazônica/Reprodução Para ler mais notícias do estado, acesse o G1 Amapá.
Fonte: G1
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