Greves e atos contra a reforma da Previdência ocorrem nos 26 estados e no DF

Os protestos foram pacíficos em todo o país, com alguns casos isolados de violência. No Centro do Rio houve confusão e a polícia usou bombas de efeito moral. Greves e atos contra a reforma da Previdência ocorrem em 26 estados e no DF A sexta-feira (14) teve greves e manifestações convocadas contra a reforma da Previdência e os cortes de verbas da educação. De acordo com um levantamento do G1, o portal de notícias da Globo, os 26 estados e o Distrito Federal registraram protestos. O principal efeito da greve foi no transporte coletivo: ela afetou parcialmente a circulação de ônibus, metrô e trens. Foi a situação vivida, por exemplo, em Salvador e na capital do país, onde os boxes amanheceram vazios na rodoviária do Plano Piloto. Na Zona Norte de São Paulo, a estação de metrô do bairro de Santana, um dos mais conhecidos da região não abriu. Centenas de pessoas resolveram ir para o trabalho de ônibus. E a consequência foi uma fila enorme na frente do terminal. Em muitas cidades, manifestantes também fecharam vias públicas. Em Campinas, foram duas rodovias; em Santos, a entrada da cidade. Petroleiros protestaram em frente a uma refinaria de Cubatão. No Recife, caminhoneiros fecharam a BR-101. No Rio, um dos pontos de bloqueio foi na saída da ponte Rio-Niterói. Policiais chegaram a usar bombas de gás lacrimogênio contra os manifestantes. “Queremos uma reforma que seja ampla e para todo mundo. Não pode ser uma reforma discriminatória, apenas para uma parte da sociedade desse país”, disse um manifestante. Na maior parte, os protestos foram pacíficos em todo o país, com alguns casos isolados de violência. Em Campina Grande, na Paraíba um PM agrediu um manifestante. Em Porto Alegre, a polícia deteve 51 pessoas, alegando que elas enfrentaram policiais que tentavam liberar o trânsito. Em São Paulo, dez pessoas foram presas por incendiar um carro. Estudantes, professores e servidores também aderiram à paralisação contra a reforma da Previdência e os cortes na educação. Várias escolas não tiveram aula. No ABC, a greve afetou cinco montadoras de veículos. Segundo o sindicato dos metalúrgicos, 95% dos trabalhadores pararam. Os bancários também aderiram à greve, mas muitas agências abriram as portas. A Febraban não divulgou um balanço. “Nós queremos atuação política, o recado foi esse. Não tem atuação econômica e o povo disse não a esse governo e não à reforma da Previdência hoje”, afirmou Vagner Freitas presidente da CUT. A greve também levou milhares de manifestantes para as ruas em várias cidades. Em São Paulo, a concentração foi na Avenida Paulista, em frente ao Masp e ao prédio da Fiesp. Além da reforma da Previdência, houve protesto contra os cortes da educação e contra o governo. Em Belo Horizonte, um grupo de estudantes caminhou embaixo de um grande lençol branco. A ideia, segundo os organizadores, era chamar a atenção para a importância da negociação coletiva. Manifestantes também fizeram uma caminhada pelas ruas no Centro de Belém. Uma passeata marcou o dia de greve em Florianópolis. No Rio, a manifestação foi em frente à igreja da Candelária. Milhares de pessoas foram para as ruas para protestar contra a reforma da Previdência e os cortes na educação. A movimentação começou no fim da tarde e seguiu pelo início da noite. Na noite desta sexta (14), teve confusão no Centro do Rio. Na dispersão do protesto, na Avenida Presidente Vargas, manifestantes e policiais militares entraram em confronto. Houve correria. Um grupo jogou pedras e morteiros contra a polícia. Os PMs lançaram bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha. Até agora não há informação de feridos. Duas pessoas foram presas.


Fonte: G1

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