Investigações mostram possível origem de hackeamento de celulares

Uma das linhas da investigação é de que invasor é um brasileiro ou um brasileiro auxiliando um estrangeiro e sabia o que estava procurando. Investigações mostram possível origem de hackeamento de celulares As investigações sobre os ataques a celulares de autoridades ligadas à Operação Lava Jato indicaram a possível origem do hackeamento. A investigação revelou que o primeiro a ser hackeado foi o ex-procurador geral da República Rodrigo Janot, em abril. E que a partir do Telegram de Janot, o hacker chegou até grupos de conversa de procuradores. E conseguiu com os números de celular dos integrantes. Depois disso, procuradores da Lava Jato no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro foram hackeados. Todos os telefones de procuradores do Paraná tiveram o aplicativo invadido. Ainda não se sabe se todos tiveram conversas copiadas. Mas no caso do coordenador da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol, os indícios apontam que os hackers acessaram e copiaram informações privadas do Telegram. Outras autoridades também foram alvo dos hackers, como o ministro da Justiça Sérgio Moro. Até agora, a investigação constatou que a invasão foi apenas no aplicativo de mensagens Telegram. Nos quatro inquéritos que investigam as invasões, os policiais perceberam que muitos celulares não tinham a dupla verificação - uma segunda senha pra aumentar a proteção. Os investigadores sabem que o responsável pela invasão tem pleno conhecimento da Lava Jato e dos principais personagens da operação. Uma das linhas da investigação é que esse invasor é brasileiro ou um brasileiro auxiliando um estrangeiro. No início da tarde desta quinta-feira (13), quando entrava para a sessão do STF em Brasília, o ministro Gilmar Mendes comentou o caso com os jornalistas e cobrou providencias contra a violação. Para ele, o hackeamento de autoridades é muito grave. “Precisamos saber do que se trata, não temos visão segura de que é hackeamento. Esse é o grande problema hoje no mundo todo. Temos hoje no tribunal o plenário virtual, veja o tumulto que pode ocasionar uma invasão nessa área. Preparamos votos no sistema, muitas vezes deixamos votos em elaboração, podemos mudar esse voto. Imagine o hackeamento. Isso é muito grave. Evidentemente que todos nós devemos nos preocupar com essa questão da segurança. De fato, é preciso tomar providências em relação a isso, é tema extremamente sério”. As polícias federais do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília estão trabalhando com trocas de informações para chegar até o hacker.


Fonte: G1

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