MP quer tirar bebida alcoólica de formaturas em Taubaté

Ministério Público expediu recomendação em março, que vale para formaturas do ensino fundamental e médio. Empresas relatam prejuízo com mudança. MP quer tirar as bebidas alcoólicas das formaturas de estudantes de Taubaté O Ministério Público quer tirar as bebidas alcoólicas das formaturas de estudantes em Taubaté (SP). A intenção é evitar que os adolescentes tenham contato com o álcool. As empresas que organizam essas festas estão fazendo alterações nos contratos já assinados, mas relatam prejuízo com medida. Uma recomendação do órgão foi expedida em março e vale para formaturas do ensino fundamental e médio. A ideia é evitar o estímulo e contato dos adolescentes com o álcool. "A ciência comprova que o contato do adolescente com a bebida muito novo, faz que ele perca ainda mais os freios inibitórios que ele ainda não tem. Ele cria uma coragem para fazer aquilo que não é permitido, aquilo que é prejudicial e ele não percebe. Se não for respeitada ou cumprida, vamos tomar medidas judiciais “, explicou o promotor da Vara da Infância e Juventude, Manoel Monteiro. O empresário Carlos Lima tem uma empresa que organiza formaturas. Para esse ano, são 700 formandos e 20 festas programadas, mas ele teve que se reunir com os pais pra fazer mudanças no contrato. “Nossa empresa está fazendo substituição da bebida alcoólica para a ilha tropical, que é uma ilha de açaí, sorvete de massa e água de coco. O custo é maior do que o da cerveja que estava no serviço", disse. Antes da recomendação da promotoria, as festas organizadas por ele previam bebidas. Agora, muitos pais que tinham comprado convites extras, estão pedindo o dinheiro de volta. “Para essas pessoas que compraram convite extra, estamos fazendo a devolução do dinheiro, hoje temos em média 100 pessoas devolvendo os convites." A Tatiana Aparecida dos Santos é mãe de uma formanda e vai pagar mais de R$ 1,3 mil pela festa. Ela diz que entende a iniciativa do MP, mas conta que a recomendação só veio depois que ela já tinha assinado o contrato. “As crianças vão estar com os pais, acho que 100% dos pais deixariam seus filhos ingerirem bebidas alcoólicas", reclama. O promotor disse que se a recomendação não for adotada, o órgão tomará medidas jurídicas contra quem desrespeitar a recomendação.


Fonte: G1

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