Blockchain pode se tornar ainda mais seguro combinado com tecnologia quântica
Há alguns anos já se debatia se bases de dados em blockchain, hoje consideradas extremamente seguras, seriam algum dia violadas pela computação quântica. Depois que a IBM apresentou sua primeira máquina comercial, em janeiro, a discussão se tornou mais intensa, porque empresas têm de decidir em quais frentes de cibersegurança vale a pena investir. Computadores quânticos em desenvolvimento têm perto de cem qubits de poder de processamento. Especialistas estimam que são necessários ao menos 1,5 mil qubits para hackear o blockchain. A diferença parece grande, mas pesquisadores russos liderados pelo físico Alexander Lvovsky estimaram, em novembro, em artigo na revista Nature, que o avanço deve ocorrer até 2028. Isso não significa que os criptoativos estão condenados. “Nenhuma dessas tecnologias chegou à estabilidade. Nenhuma delas vai ficar parada. Ambas devem evoluir e conviver”, diz o russo Vladimir Dashchenko, chefe de pesquisa na Kaspersky, empresa de cibersegurança. Um desenrolar provável é a aplicação conjunta das duas. O físico Shakib Darynoosh, do centro de pesquisa australiano EQUS, propôs em fevereiro uma rede blockchain baseada em servidores quânticos.
Fonte: Globo
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