Tecnologia deve obrigatoriamente proteger motoristas e passageiros, diz CEO da Volvo

Håkan Samuelsson, CEO global da Volvo, acredita que montadoras têm a obrigação moral de usar tecnologia para proteger passageiros e motoristas — mesmo que eles não queiram (Foto: Divulgação)

 

Em um mundo cada vez mais rápido, a Volvo quer diminuir a velocidade nas estradas. Conhecida pela segurança de seus automóveis, a montadora sueca tenta zerar o número de mortes e ferimentos graves entre motoristas e passageiros da marca até o final do ano que vem. O plano foi batizado de Visão 2020. O esforço inclui limitar a velocidade dos veículos a 180 quilômetros por hora. Outra mudança consiste em implementar sistemas que monitorem o condutor, para detectar sinais de embriaguez. Håkan Samuelsson, 68 anos, CEO da Volvo, engenheiro e ex-CEO da fabricante de autopeças Man, explica como pretende avançar.

Håkan Samuelsson, CEO global da Volvo, acredita que montadoras têm a obrigação moral de usar tecnologia para proteger passageiros e motoristas — mesmo que eles não queiram (Foto: Divulgação)

 

 

PRECISAMOS FALAR SOBRE...
“Nosso objetivo é que, até o final de 2020, ninguém mais seja morto ou se machuque gravemente em um Volvo. A partir da nossa base de dados, levantamos três fatores de risco relacionados ao comportamento: distração — que piorou com o uso de smartphones —, intoxicação por drogas e álcool; e excesso de velocidade. Podemos usar a tecnologia para evitar atitudes perigosas [a montadora desenvolveu um sistema que detecta cansaço e intoxicação]. Por isso, queremos abrir esse diálogo sobre o direito de intervir no comportamento dos motoristas.”

LIMITE DE VELOCIDADE
“Acreditamos que nenhum carro precise ser dirigido a mais de 180 quilômetros por hora. Limitar a velocidade final dos carros vai desencorajar alguns motoristas a comprar um Volvo. Por outro lado, temos a chance de conquistar outros perfis de clientes. Queremos atrair pessoas que acreditam na importância de dirigir com segurança. Mesmo que salve poucas vidas, terá valido a pena. É uma mensagem para a sociedade e para os consumidores. Quem pensar diferente vai poder escolher outra marca. Isso pode ser algo muito bom.”

BIG BROTHER AUTOMOTIVO
“Existe a questão da liberdade individual e se queremos bancar uma espécie de Big Brother que interfere na vida dos motoristas. Mas entendemos que não é apenas a vida do motorista que está em jogo. Se a nossa tecnologia for capaz de impedir uma pessoa alcoolizada de dirigir, temos responsabilidade sobre isso.”




Fonte: Globo

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