Morte de jovem após colisão de motos aquáticas tem reviravolta e médico é indiciado no AC


Diferente da versão da irmã da vítima, polícia concluiu que moto de médico é que colidiu contra a de empresário. Ele foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal. Médico foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal após morte de jovem no Rio Acre Reprodução O médico Eduardo Velloso foi indiciado pela Polícia Civil do Acre por homicídio culposo e lesão corporal pela morte de Maicline Borges, em janeiro deste ano. O inquérito foi concluído e encaminhado pelo delegado Karlesso Néspoli para o Judiciário. Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Karlesso Néspoli, explicou que indiciou apenas o médico pelo crime, porque, segundo ele, foi o médico quem bateu na moto aquática do empresário Otávio Costa, que estava com a vítima, e não o contrário. A versão que a irmã da vítima deu, logo após o acidente, era outra. Na época, Hinauara Borges afirmou que a moto do empresário é que havia colidido contra a do médico, após uma manobra perigosa, conhecida por cavalo de pau. A reportagem tentou ouvir o médico e a irmã da vítima, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria. “A moto do Eduardo, fizemos perícia, e o bico dela bateu na lateral do jet ski do Otávio. Veio de lateral e bateu. A perícia constatou e uma testemunha ribeirinha que mora no local falou que o acidente foi do outro lado do rio. Foi como se tivesse em um carro em uma direção e depois fosse para contramão”, revelou. O acidente Maicline morreu após ter a perna arrancada durante o acidente, que ocorreu na região da Quarta Ponte, no Rio Acre, em Rio Branco. Ela estava com o empresário em uma moto aquática, e a irmã dela estava com o médico em outra moto, quando os veículos colidiram. A vítima foi levada para o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), mas morreu horas depois. A irmã da vítima chegou a acusar o empresário de não prestar socorro para Maicline. Maicline teve a perna arrancada após condutor de moto aquática fazer manobra de 'cavalo de pau' e perder controle do veículo Reprodução/Facebook Médico em alta velocidade Néspoli falou também que a testemunha revelou que o médico estava em alta velocidade, mas a perícia não conseguiu identificar a que velocidade. O delegado ressaltou ainda que o médico foi indiciado por lesão corporal porque tanto Otávio Costa quanto a Hinauara ficaram feridos. “Foi possível detectar que o acidente foi do lado que estava o jet ski do Otávio, não do Eduardo. Ninguém vai conseguir descobrir toda verdade, tem muita pessoa ali que não sabe o que aconteceu. Conseguimos constatar que foi descumprida uma norma de tráfego, mas a velocidade não descobrimos”, contou. Versão diferente da irmã Em depoimento, a irmã de Maicline Borges falou que o empresário Otávio Costa, estava em alta velocidade e foi em direção à moto aquática do médico, que estava com ela. Segundo a jovem, Velloso teria encostado para dar espaço para o empresário quando viu que ele fazia um cavalo de pau. Ainda de acordo com a versão da jovem, Otávio Costa perdeu o controle do veículo e bateu na moto aquática que ela estava com o médico. Porém, a polícia relatou que a perícia não confirmou a versão dada por ela. “Perícia constatou que o Eduardo não estava parado. O ribeirinho também viu parte da situação. Não conseguimos evidenciar, na mesma hora que ela fala que o Otávio fez uma manobra arriscada também fala que o Eduardo estava parado, e constatamos que não estava. O ribeirinho falou que os dois estavam andando”, rebateu. Karlesso complementou que concluiu o inquérito no final do mês de março. “Era uma curva fechada, constatamos o ângulo da batida. Entendemos que errou, não seguiu a normas de tráfego fluvial e, em tese, acabou causando essa tragédia, sem intenção de matar”, finalizou.


Fonte: G1

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