Número de casos de gravidez molar quase triplica em um ano, no Amapá


Em 2018, 58 mulheres foram diagnosticadas com o distúrbio considerado raro na gravidez. Marcilene Costa, de 29 anos, mostra o exames que a diagnosticaram com gravidez molar, no Hcal, em Macapá Ugor Feio/G1 O número de casos de gravidez molar quase triplicou no Amapá em menos de um ano, segundo o Ambulatório para Pacientes com Distúrbio na Gravidez, em Macapá. A doença acontece quando a placenta e feto não se desenvolvem na gestação e surge um tumor no útero, benigno, na maioria das vezes. Ginecologista obstetra e responsável pelo ambulatório sediado no Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima (Hcal), Nirce Carvalho, explica que a neoplasia trofoblástica gestacional, ou mola, é uma doença rara e grave. As chances de sobrevivência do feto são baixas e, quando sobrevive, o bebê nasce com má formação. "A mola pode ser parcial ou completa, quando o feto se desenvolve ou não. É uma doença rara, mas o número de casos têm aumentado consideravelmente. As chances de sobrevivência do feto são pequenas, por isso é importante diagnosticar o quanto antes para iniciar o tratamento com a mãe", explicou. Nirce Carvalho, ginecologista obstetra e responsável pelo ambulatório sediado no Hcal Ugor Feio/G1 A médica alerta sobre o tratamento e diz que alguns casos da doença podem ser fatais, em decorrência das hemorragias, que podem causar anemia. Os principais sintomas são dores de cabeça e na barriga, assim como inchaço na região pélvica, enjoos, vômitos e sangramentos. "Após detectar os sintomas, a mulher deve procurar o hospital e caso seja detectada a mola vamos iniciar o tratamento com anticoncepcionais e monitoramento do hormônio beta HCG. Ela só pode engravidar depois que ele estiver zerado, o que leva cerca de um ano para acontecer", disse. Marcilene Costa conta da decepção ao receber o diagnostico de gravidez molar, em Macapá Ugor Feio/G1 A dona de casa, Marcilene Costa, de 29 anos, conta que teve o sonho interrompido de ser mãe mais uma vez. Ela é mãe de três crianças e teve a gravidez molar diagnosticada no terceiro mês da quarta gestação e já faz o tratamento há seis no ambulatório. "Foi uma decepção muito grande. Eu sentia fortes dores de cabeça e estava com a pélvis inchada, quando tive uma hemorragia decidi procurar o hospital e acabei recebendo a notícia. Foi uma decepção muito grande", lamentou. Quanto a retirada do tumor, a médica explica que com até três meses de gestação, é feita a curetagem e a partir desse período é realizada a aspiração manual intra-uterina (AMIU). Em alguns casos, pode ser desenvolvido um câncer da placenta, mas a chances são mínimas. Quando se desenvolve o câncer, a paciente é encaminhada para tratamento na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hcal. O ambulatório existe desde 2006 e presta atendimento às grávidas com profissionais de diversas áreas da saúde. Marcilene Costa recebe orientações da médica Nirce Carvalho no Ambulatório para Pacientes com Distúrbio na Gravidez, em Macapá Ugor Feio/G1 Para ler mais notícias do estado, acesse o G1 Amapá.


Fonte: G1

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