MPF recomenda reparação às comunidades ribeirinhas atingidas pela usina de Belo Monte, no PA


Segundo o MPF, a empresa liberou uma grande quantidade de água nas comportas sem avisar os moradores causando enxurrada em janeiro de 2016. Instalações de Belo Monte na Volta Grande do Xingu, no Pará Divulgação / Norte Energia Uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) à concessionária da usina hidrelétrica de Belo Monte, Norte Energia S.A., no Pará, pede a apresentação, no prazo de trinta dias, de um plano de reparação de danos causados às comunidades ribeirinhas da Volta Grande do Xingu. A Norte Energia divulgou nota informando que vai analisar o teor da recomendação e que vai se manifestar nos prazos legais estabelecidos. O motivo da recomendação foi uma enchente artificial em janeiro de 2016, logo após a autorização das operações da barragem. Segundo o MPF, a empresa admitiu, na época, que liberou uma grande quantidade de água nas comportas sem avisar os moradores. O MPF informou que a operação provocou uma enxurrada na área e muitos danos materiais às comunidades, mas até então a empresa só indenizou os moradores indígenas, deixando ribeirinhos não-indígenas com prejuízos. A indenização, segundo o MPF, já foi requisitada diversas vezes, mas nunca atendida. O documento, assinado pelos procuradores Sadi Machado e Thais Santi, pede que o plano de reparações inclua, obrigatoriamente, o universo de moradores atingidos, indicando as famílias já ressarcidas e as não reparadas, além dos prejuízos de cada família. A recomendação pede ainda que os prazos dos ressarcimentos sejam definidos.


Fonte: G1 Pará

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